Betinha deu exemplo de alimentação saudável
Só mesmo o tempo vai revelar como será o novo reinado para os funcionários da cozinha de Buckingham, já que na era da Rainha Elizabeth a rotina era bem previsível, uma vez que a monarca tinha hábitos franciscanos quando o assunto era alimentação. Mas tudo levava a assinatura de Darren McGrady, cozinheiro britânicos que passou mais de 15 anos esfolando a dólmã nos fogareiros reais.
Adepta das quatro refeições diárias, Elizabeth começava o dia com uma xícara de chá e bolinhos doces e, na sequência, uma tigelinha de cereais com frutinhas vermelhas. O almoço era o mais trivial possível – alternava frango grelhado com salada ou legumes e salmão com espinafre e abobrinha. Eram comidas no melhor estilo low carb. Quando não gostava do que comia, ela nunca reclamava. Simplesmente escrevia num caderninho ao lado:
“Favor não repetir mais este prato”. E estavam conversados.
Hora mais sagrada do dia era o chá das cinco. Claro que começava com uma generosa xícara – de porcelana inglesa, é claro – de chá e uma porção de scone, os tradicionais bolinhos devorados durante esse ritual com uma camada de geleia e outra de chantilly de creme de leite batido. Não deixava nunca esse hábito para trás. Uma vez viajou para a Austrália e mandou acordar o cozinheiro de madrugada para preparar seu five o´clock tea – no fuso horário da Inglaterra, ora.
Já o jantar era uma variação meio entediante do almoço, mas revitalizada por uma dose de gim ou uma tacinha de champanhe, porque Elizabeth ainda não estava morta. Para quebrar o marasmo, havia o “sextou” real, com o tradicional fish and chips ou o seu petisco quebra jejum preferido: camarões grelhados na manteiga de pimenta sobre torradas, cobertos com molho tártaro – sem alho, por favor. Esse tempero nunca entrou porta adentro de Buckingham porque a rainha odiava com todo o seu poder. Outra coisa que Betinha não gostava era de pizza.