Morretes, barreado e uma serra Graciosa
Por trás, ou melhor, por dentro de uma panela de barro encontramos o lirismo de uma história única. Morretes, no Paraná, desde 1.733, guarda seculares encantos coloniais. O nome vem dos morros da Serra do Mar, que a cercam. Também chamada, nessa região, de Serra da Graciosa.
A cidade cresceu muito como ponto de apoio aos desbravadores, que iam e vinham pela serra, do alto do continente para a planície do litoral. De origem açoriana, o “Barreado” se firmou no local como refeição farta e de forte sustância. Feito com vários tipos de carne, cozidos em uma panela de barro, lacrada com farinha de mandioca, por 24 horas. E servida com bananas nativas da região. O prato hoje é a principal atração turística da cidade.
Com a chegada dos trilhos férreos, ligando Curitiba ao porto de Paranaguá, o comércio morretense caiu muito. Mas sua economia foi reinventada, com a distribuição de terras a colonos que rapidamente deram um novo impulso à cidade.
Hoje Morretes é a graça da Graciosa serra. Com pitorescas paisagens coloniais e muita poesia arquitetônica. Cheia de charme, encanta a todos que chegam de todos os tipos de locomoção, mas principalmente de Maria Fumaça, que deixa completa a viagem no tempo. Pelos morros da serra, pela história nas paredes e pelo sabor da panela de barro.
Fotos: Ailton Lima
Um texto informativo,
mas tão poético que desperta a vontade de conhecer o lugar.