A independência dos EUA e um Brasil à matroca
Caros leitores, como vocês sabem, sou um crítico do atual governo. Simplesmente pela falta de programa, pela sua origem e seus costumes. Mas o artigo dessa semana não tem nada que ver com governos, autoridades ou com os políticos que por aqui são gerados. Tem a ver com o Brasil, que aceita seu rumo desvairado e veloz ao nada.
Confesso que sempre que procuro exemplos, vou atrás de informações dos Estados Unidos da América – que, aliás, comemora hoje o Dia da Independência – e, com certa inveja, noto que eles conseguiram formar um País infinitamente melhor que o nosso, considerando que ambos têm quase o mesmo tempo de vida. A diferença entre os primeiros rascunhos que serviram para a construção da Constituição deles data de 1.787 e a nossa primeira Constituição data de 1824, quando Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte e impôs seu próprio projeto. O tempo entre uma e outra é de apenas 37 anos. Segundo os entendidos, um pouquinho mais que uma geração.
Então o que será que fez tamanha diferença entre o comportamento dessas duas Nações? Honestamente não sei, já falei aqui das origens deles e das nossas. Aquele País foi formado por emigrantes europeus que passavam necessidades em suas terras de origem e queriam muito melhorar de vida e para isso, qualquer sacrifício seria bem-vindo.
Já o nosso, foi formado por portugueses fujões de Napoleão, cuja grande maioria preferiria ficar na terrinha. Ou seja, não queriam vir para cá. Além desses portugueses, mais um milhão e meio de negros literalmente caçados a laço e que, também, não queriam vir para cá, o que indica que somos uma Nação imensa, formada por milhões de pessoas que não queriam vir para cá.
Sim, entendo como simplista essa teoria, todavia já estou com 80 anos e por razões diversas desde cedo me dediquei a olhar o Brasil como lugar do meu futuro, da minha família, dos meus filhos e netos. Aliás, foi o que me prometeram, pois quando nasci me disseram que eu estava nascendo no País do futuro!
Mentiram! Não foram claros, não disseram que o futuro seria negro, sem rumo e com grandes chances de dar com a cara no chão logo aí à frente, por absoluta falta de perspectivas. Nunca tivemos um projeto de Nação, um projeto de longo prazo. Um olhar para o futuro como ele deve ser olhado, com responsabilidade pelos que virão, sem a visão eleitoreira de quatro anos, ou oito graças ao fhczinho que vendeu um mandato para ganhar outro, e que no fim mostrou ser só um marginal que fala francês.
Começo a achar que o mantra nacional é viver o hoje, porque do amanhã Deus cuida. Não é verdade, por mais que Deus fosse brasileiro como dizem por aí, ELE não iria concordar com o que a classe dominante vem fazendo com esse País.
Nós nos habituamos a ver e ouvir nos discursos eleitoreiros promessas para segurança, educação e saúde, que são os temas que afligem a maioria da população, que permanece enganada por um sistema eleitoral fajuto, mentirosão e desleal para com o eleitor que, invariavelmente, mata o seu domingo para exercer o “dever cívico” de votar, sem perceber que está agindo contra ele próprio.
Nunca tivemos e continuamos não tendo e, ao que tudo indica, nunca teremos, alguém propondo um plano de Nação, logo não podemos ser uma Nação que respeita seus cidadãos, seus direitos e suas responsabilidades. A propósito, você tem visto os direitos previstos em nossa Constituição sendo respeitados? Pois é!
E não estou falando de pessoas, nem de governos, recentes ou longínquos, estou falando de comportamento do cidadão comum que recebe diariamente maus exemplos dos seus dirigentes, dos seus líderes. São lições diárias de como não se deve proceder. Dizem, que quando Deus fez o mundo foi questionado sobre o porquê de tantas benesses para o Brasil, e Deus teria dito: É, mas vocês vão ver a classe de dirigentes que vou colocar lá. Puxa Senhor, não precisava exagerar!
Ilustração: porque.com.br/nau-a-deriva
A resposta de Deus também foi vingança?
Pois é Leia….
Que leveza seguida de conhecimento Hiram Souza vc descreveu EXATAMENTE sobre o nosso BRASIL ! Parabéns!
Ele é muito bom né Rosa? Beijos