A Turma da Mônica e suas maçãs, antes rejeitadas
A história começou há mais de 30 anos. Era início dos anos 1990 e Maurício de Sousa, o criador da Turma da Mônica, caminhava por uma plantação de maçãs.
Até que algo chamou sua atenção: várias delas eram descartadas pelos produtores, pois eram muito pequenas e não atendiam ao padrão de consumo.
Mas aquelas maçãzinhas eram muito gostosas e fáceis de serem carregadas. Maurício logo pensou em seus filhos e em como as pequenas maçãs caberiam perfeitamente em suas mãos. Era ideal para crianças.
Essa foi a faísca que trouxe a ideia de licenciar a Turma da Mônica para produtos de hortifrúti — inicialmente, maçãs. Hoje, a produção mensal é de mais de 1,5 mil tonelada da fruta. Os 15 fornecedores autorizados ficam no Nordeste, Sudeste e Sul do país, totalizando cerca de 3.500 hectares de plantação.
Depois de colhidas, essas maçãs vão para a Fischer, responsável por toda produção. É ela que cuida do armazenamento, controle de qualidade e empacotamento, deixando o produto pronto para consumo.
Com o sucesso das frutas vermelhas, a linha licenciada expandiu para novos itens, como banana, melancia, laranja, kiwi, ovos, brócolis, alface, cenoura e outras hortaliças. Maurício diz que a história da Turma da Mônica traz credibilidade e facilita a entrada em outros mercados.
A lógica aqui é a mesma da Disney. O que começou como um mero desenho de um ratinho foi crescendo e ganhando popularidade. Conforme aqueles quadrinhos conquistavam fãs, surgiam novos personagens, até chegar ao ponto de lançar desenhos, filmes, parque de diversões, serviço de streaming…
E os produtos licenciados também entram nessa. A empresa do Mickey é a que mais vende mercadorias licenciadas no mundo. São mais de US$ 50 bilhões por ano em vendas.
A Turma da Mônica também tem parque, desenhos e filmes e uma série de itens licenciados, como materiais escolares, itens de higiene, roupas e brinquedos. Eles têm até uma área própria no Mercado Livre, por onde vendem seus produtos.