Afinal, de que democracia estamos falando?
Vou começar o artigo do ligando o exploda-se e perguntando se eu estou ficando intransigente ou o Brasil em que estamos vivendo mudou? E se mudou admito minha intransigência dizendo que é para pior. Aliás, muito pior, afinal agora é permitido que presidiário dispute eleições. Gente, não é brincadeira, dispute eleição para a presidência!
A minha intransigência está calcada não só no que me foi ensinado a vida toda, mas o que é muito mais grave, é que estamos “sugerindo” para as futuras gerações que a mentira, a desfaçatez e a imoralidade, são “exemplos” a serem seguidos. A mentira deslavada obteve apoio, e está sendo transformada em verdade, por obra e graça de pequenas autoridades que se julgam acima do bem e do mal. Investidas de um poder que definitivamente não têm, ou então, estamos vivendo em uma completa e declarada anarquia.
Como a grande maioria da sociedade vive em um ambiente de dificuldade, de cuidar quase que exclusivamente da sobrevivência e não tem tido tempo para analisar a quantidade de apologia ao errado e ao desonesto, que vem sendo expelida diuturnamente, em grande quantidade, pelo consorcio de imprensa para a população menos esclarecida.
Vou repetir aqui o que venho dizendo já há bastante tempo, não sou pro Bolsonaro, mas me recuso a ser a favor de uma figura que se reapresenta como sempre, o de contumaz mentiroso e irresponsável comprovado.
Vocês lembram da declaração (tem vídeo comprovando, não é fake) do maior mentiroso contando em uma palestra com o Dr. Roberto Marinho e o Jaime Lerner em um evento em Paris, que no Brasil existiam 30 milhões de crianças pedindo esmola nas ruas. Após o evento o Jaime chamou o mentiroso em um canto e disse, “Pinóquio, isso não existe. Se houvesse tantas crianças nas ruas ninguém conseguiria andar”. O meliante conta isso como piada, expondo o grau de irresponsabilidade que ele tem para com a sociedade. Esse vídeo está circulando nas redes sociais.
Então meus amigos, leitores, ex-funcionários, publicitários e afins, o Bolsonaro não é meu sonho de consumo para Presidente da República, mas é o que temos graças a essa legislação política & eleitoral calhorda que existe, e que sempre faz a gente votar no menos ruim. E, votar no menos ruim, persegue os eleitores há mais de 30 anos.
Não temos tempo, e eu não vou fazer charminho e votar no primeiro turno no Ciro, a quem conheço e digo, NÃO TEM MEU VOTO, se vocês acham o Bolsonaro grosso é porque não conhecem a delicadeza do Ciro. Ou ainda na Simone Tebet, que metade do PMDB diz que vai eleger e a outra metade, como sempre, fica esperando para saber com quem se juntar para ter o que dividir logo à frente.
Ao encerrar este artigo sou obrigado a perguntar aos leitores EM QUE TIPO DE DEMOCRACIA ESTAMOS VIVENDO??? SEGURAMENTE NÃO É AQUELA PRECONIZADA PELOS SEUS IDEALIZADORES.
Hiram Souza é empresário, marketeiro de longa data, aos 80 anos de jornada o que permite ter uma janela holística para o mundo. Com leve humor escreve sobre assuntos ligados à política, comportamento, educação e brasilidade.