quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Alívio para roedores contumazes

 

Após registro junto ao Ministério da Agricultura, a Emater e a Embrapa unidade Cerrados anunciam o lançamento de seis cultivares de pequi para novembro deste ano. São três variedades sem espinhos e três com espinhos, próprias para atender tanto o comércio, com o chamado pequi de mesa, que possui caroços menores; quanto a indústria, com caroços maiores e polpa mais carnuda para a extração.

 

O trabalho de 25 anos é uma parceria entre a Emater e a Embrapa. Os pesquisadores Elainy Botelho e Ailton Pereira conduziram os estudos na Estação Experimental Nativas do Cerrado, na sede da Emater, em Goiânia, e Sidney Cunha Andere, na Estação Experimental de Anápolis. No momento, cinco mil mudas estão sendo preparadas para a distribuição em novembro.

 

Com o lançamento, as seis variedades serão disponibilizadas ao mercado goiano, sendo 1.200 mudas para viveiristas, para que estruturem seus jardins clonais, e outras 1.200 para agricultores familiares. Devido às características de reprodução das plantas, serão vendidos lotes com as seis cultivares; cada muda será vendida a R$ 30. Agricultores poderão comprar até dois lotes e viveiristas até 10.

 

“Vamos fornecer mudas enxertadas aos viveiristas que estejam credenciados no Registro Nacional de Sementes e Mudas. Eles vão multiplicar esse material para atender à demanda dos produtores”, destaca Ailton Pereira.

 

As cultivares restantes serão destinadas à reposição do banco de germoplasma da Agência goiana em Goiânia e Anápolis, além de duas extensões que serão criadas no município de Porangatu e na Embrapa Cerrados. Além disso, a Emater se concentra na criação de um jardim clonal, onde ficarão as matrizes das novas variedades de pequi.

 

 

Histórico

A demanda dos produtores goianos, por pequizeiros mais rentáveis e frutos comerciais, e da sociedade, por frutos com polpa carnuda e saborosa, foi o que originou as pesquisas de clonagem, que se iniciaram com a propagação de mudas por sementes, estaquia e enxertia, como conta Ailton Pereira. Para isso, a Emater e a Embrapa visitavam as propriedades que cultivavam pequizeiros para tirar a raça da planta. Foi nesse processo que os pesquisadores tiveram acesso ao pequi sem espinhos, encontrado na natureza.

 

“Como nós já havíamos desenvolvido a técnica de clonagem e enxertia, fizemos vinte clones desse pequizeiro sem espinhos. Plantamos as mudas no nosso banco de germoplasma e avaliamos durante todos esses anos. Agora já estamos chegando ao final desta etapa, com a disponibilização desse material para nossos agricultores”, explica Elainy Botelho.

 

Fotos: Ênio Tavares

Com Comunicação Setorial da Emater

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Este post foi escrito por: Britz Lopes

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