Banda Sangra D’água faz mistura psicodélica em Desenlace
A banda goiana Sangra D’água estreia nesta sexta-feira, 8 de março o EP – que significa Extended Play e caracteriza uma gravação de música que é mais longa do que um single, mas contém menos faixas do que um álbum ou LP – ‘Desenlace’ com show lisérgico no Em Riba Estúdio, localizado no setor Leste Universitário, a partir das 19 horas. A sessão musical também contará com as bandas Sheena Ye e Banana Bipolar. Os ingressos podem ser adquiridos na porta do evento (R$15,00).
Desenlace
Raul Freitas (vocal e guitarra), Lucas Romão Abreu (backing vocal e baixo), Mariana Barros (teclado) e Adriano Abreu (bateria) deram início ao projeto Sangra D’água em março de 2023, após se aproximarem na faculdade. Apesar das similaridades de influências direcionar o quarteto para um rock psicodélico pós moderno, ‘Desenlace’ carrega diferentes gêneros em seus quase 18 minutos, como R&B, Blues, shoegaze e stoner. As quatro faixas do novo EP contam uma só história, narrando as desequilibradas fases de um relacionamento enquanto apresentam sua identidade sonora.
As letras e a narrativa do trabalho são inspiradas nas fases de um relacionamento. A primeira faixa, “Bem’, evoca um rock arrastado com traços de Blues para embalar a fase ardente da paixão, ainda que fique claro que essa chama tem hora para apagar. Rosa é a fase mais racional da relação, em que é possível enxergar os problemas sem a idealização do par. A sequência fica com Piquenique que, apesar do nome, é a faixa com timbres mais sombrios e que decreta o término desse caso de amor. Cinzas fecha o EP e esse ciclo que vai da exacerbada alegria até o momento de desilusão, fechando o trabalho com o momento mais pesado das quatro faixas.
O EP ‘Desenlace’ nasce de uma rotina para artistas independentes no Brasil: a própria banda se encarrega de todos os processos de produção. As gravações foram feitas nas respectivas casas de cada integrante, a mix e master é do baixista Lucas Romão Abreu (@romao.mp3) e a capa é da tecladista Mariana Barros (@maribarrosmf). “A gravação foi feita toda em casa, pela internet. No momento de lockdown e pandemia, eu e o Raul gravamos cada em sua casa. Foi um processo bem demorado, que se estendeu até depois da pandemia. Gravamos, mixamos e masterizamos cada música milhares de vezes até chegar num resultado que nos agradasse. Comprei cursos de mix e master e fui estudando, gravando e mixando”, detalha Lucas.
Após o lançamento e alguns shows pelo estado natal, os goianos da Sangra D’água planejam apresentações pelo Brasil e novos trabalhos no segundo semestre.
Acompanhe: @sangradaagua
Com: Talita Prudente