Brasil tem o maior déficit de profissionais em cinco anos
As prateleiras estão cheias, mas as vagas, nem tanto. O comércio brasileiro está vivendo uma escassez de profissionais e nem salários maiores e benefícios extras têm dado conta.
Um levantamento mostrou que falta mão de obra em 57 das 100 principais funções do varejo, incluindo operadores de telemarketing, analistas de negócios e profissionais de logística.
Talvez você esteja se perguntando como pode faltar gente se o país tem cerca de 6 milhões desempregados? A resposta está no descompasso entre o que as empresas querem e o que os candidatos oferecem.
O varejo está cada vez mais digital e pede habilidades técnicas que boa parte da mão de obra disponível não tem. Isso resulta em vagas abertas de um lado, mas gente sem emprego do outro.
Enquanto isso, o setor tenta tapar buracos. Mesmo empregando 10,5 milhões de pessoas em 2023 e abrindo 56 mil novas vagas neste ano, a demanda segue maior que a oferta.
Para atrair mais pessoas — e reter as atuais —, empresas têm oferecido bônus por qualidade do serviço, vale-alimentação dobrado e contratos de horistas. Mas essa conta não fecha.
Essa escassez pressiona salários, encarece operações e ameaça travar um setor que responde por 1 em cada 5 empregos formais do país. Na ponta disso tudo, o comércio pode perder competitividade e resultar em preços mais altos.