quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Combater a obesidade pode custar mais caro ao governo dos Estados Unidos

 

Para cobrir medicamentos para emagrecimento no programa de saúde pública, o governo dos Estados Unidos pode ter que desembolsar mais de US$ 35 bilhões nos próximos nove anos. Atualmente, o Medicare atende 50 milhões de americanos com mais de 65 anos, mas cobre os remédios contra obesidade só para quem tem outros problemas de saúde graves, como risco de derrame e doenças de coração.

 

A questão é que, agora, as fabricantes desses medicamentos estão fazendo lobby no Congresso para aprovar uma lei que obrigaria o programa público a cobrir os remédios mesmo quando o motivo for só “perda de peso”. O custo disso seria de US$ 1,6 bilhão para cobrir 300 mil pacientes no primeiro ano, com estimativa de subir para US$ 7,1 bi/ano até 2034 para atender mais 1,5 milhão de pessoas.

 

Com o boom de remédios como Ozempic e Wegovy — criados originalmente para diabete —, o mercado de medicamentos contra a obesidade deve movimentar mais de US$ 150 bilhões até 2030. Pelo menos 15 milhões de americanos, o equivalente a 6% dos adultos do país, já usou algum remédio de emagrecimento desse tipo. Desses, 7,5 milhões fazem uso todos os dias.

 

Os efeitos no perfil da população – Depois de décadas de crescimento, a taxa de obesidade nos EUA parou de subir marcando uma mudança de tendência inédita — e muito disso está sendo associado aos medicamentos da categoria do Ozempic. Pouco mais de 40% dos adultos americanos são considerados obesos — uma taxa preocupante. Ao mesmo tempo, a obesidade grave tem aumentado, chegando a 10% dos americanos.

 

Este post foi escrito por: Britz Lopes

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