segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Democracia e demoniocracia

 

Tenho observado, não sei se vocês também, que o consórcio de imprensa, desde a eleição, passou a chamar as manifestações em frente aos quartéis de “antidemocráticas.” Não sei por que reunião de pessoas portanto a bandeira brasileira, vestindo as cores verde e amarela, passaram a ser antidemocráticas! Antidemocráticas justamente em frente aos quarteis do Exército!

 

Houve algum conflito? Alguém foi machucado ou ainda as manifestações têm se transformado em badernas como aquelas que alguns pequenos empreendedores se recordam com dor no coração com o tamanho dos prejuízos? Não!

 

Tem sido manifestações pacíficas, ordeiras e com respeito aos moradores da região, diferentemente de quando apoiadores ficaram em frente a prisão onde esteve hospedado o Pinóquio da Silva, sujando tudo e perturbando a vida dos moradores da região.

 

Então, por que essas manifestações são acusadas de antidemocráticas? Ou o dr. Alexandre de Moraes não sabe bem o que seja antidemocracia, e o consórcio de imprensa é formado por pessoas burras ou mal intencionadas. No caso do dr. Alexandre, acho que não sabe mesmo, afinal ele provou que não sabia nem o que era “isonomia”! O que será que mudou na opinião da imprensa e também na opinião do dr. Alexandre?

 

Lembro que nas manifestações muito barulhentas e bagunçadas via de regra seguidas de quebra-quebra, onde faziam xixi e cocô na bandeira do Basil, essas pessoas empunhavam a bandeira vermelha do Partido dos Trabalhadores não se sentiam ou sequer foram admoestados por terem cometidos atos “antidemocráticos.” Ou será que naquele momento esses atos não eram antidemocráticos?

 

Essa diferença de comportamento me leva a crer que temos conscientemente apoiado autoridades da Suprema Corte, seguidos ou insuflados pela maioria da imprensa, algum tipo de democracia própria para cada momento da vida nacional ou ainda, de acordo com os interesses de cada grupo.

 

Tenho dito aqui no Ligando o Exploda-se que o nome disso deveria ser “demoniocracia,” algo como uma democracia feita por demônios que diuturnamente conspiram contra o Brasil. Conspiram para que esse nosso grande País não tenha um projeto de Nação o que é muito diferente de projeto de governo, seja que governo for, se de esquerda, de direita ou mais ou menos.

 

Quase todos nós já cometemos o erro de acusar o povo de não saber votar. Você mesmo já disse isso! Vamos reconhecer que temos sido enganados, vamos reconhecer também que aceitamos pacificamente ser enganados, e o que é pior, sempre pelos mesmos!

 

Primeiro, não acreditávamos que a justiça libertaria o Pinóquio da Silva, condenado que foi por todas as instâncias inferiores ao STF. Depois acreditávamos que a justiça não daria o certificado de bons antecedentes para o Pinóquio, afinal, para ser candidato você, cidadão comum, não pode ser ou ter sido ficha suja, isso é lei! Sou obrigado a perguntar, e tem Lei quando é de interesse dos mesmos?

 

Assim sendo, me atrevo a discordar do Ministro Alexandre de Moraes e da imprensa cujo interesse não consigo definir, se é ideologia, se é dinheiro ou se simplesmente não se importam com os caminhos que o Brasil venha a trilhar.

 

Falam em taxar o PIX, maior iniciativa de inclusão social do pequeno empreendedor; falam no aumento dos ministérios para o majestoso número de 36 que é o número necessário para acomodar todos os comedores de picanha e cervejeiros.

 

Caros leitores, enquanto aquele brasileiro acusado de não saber votar não souber a diferença entre democracia e demoniocracia, continuaremos subordinados à imprensa e às autoridades que desconhecem essa diferença seja soltado criminosos e dando certificado de bons antecedentes para marginais disputarem eleição presidencial.

 

Hiram Souza é empresário, marketeiro de longa data, aos 80 anos de jornada o que permite ter uma janela holística para o mundo. Com leve humor escreve sobre assuntos ligados à política, comportamento, educação e brasilidade

 

Foto: Marcello Casal Jr /ABr

 

 

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Este post foi escrito por: Hiram Souza

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