Desolado, decepcionado, descrente
Caros leitores, amigos e correligionários dessa e de outras lutas. Fomos fragorosamente derrotados. Creio que mais que isso, fomos violentados em nossos princípios de moralidade, honestidade e respeito à justiça. Fico aqui pensando com meus botões, onde estavam todos esses eleitores aqui no nosso Sudeste?
Em Curitiba, por exemplo, contei apenas três carros durante todo o período do segundo turno. Só três carros com a flâmula, muito discreta, do Presidente Ladrão. Seria vergonha se expor antes da hora da vitória? Seria medo de, caso perdessem, serem acusados de petistas, esquerdistas e outros “istas”?
Pergunto porque, aqui na minha rua, houve e continua um buzinaço de alegria com a vitória do Pinóquio da Silva. Se estavam discretos antes, porque essa demonstração agora? Não sei, mas dentro dos meus princípios, quem ganha leva. Claro que temos que considerar o formato dessa vitória.
Tivemos, assim como no sábado da derrota do Furacão para o Flamengo, a mão do árbitro expulsando um zagueiro ainda no primeiro tempo, por um lance bruto, mas na bola. Aqui o árbitro foi estreitando o campo de jogo até que nos colocou fora de campo, em uma clara situação de perder.
Choro de perdedor? Claro, sem dúvida!! Sim, estou chorando copiosamente como perdedor do meu País, aos 80 anos por ter que aceitar um ladrão como Presidente, como líder e como nosso representante maior.
Aquele mesmo cara que a Veja e a Globo mostraram com as calças molhadas de de tão bêbado! Sei que não resolve nada, absolutamente nada, mas esse cara não me representa, agora, ou em qualquer outro tempo, simplesmente porque não consigo concordar em ter a figura de um presidiário, solto canhestramente pela justiça sabidamente comprometida com esse plano, como meu presidente.
Fiquem calmos, não tenho idade, nem força, e menos ainda canhões, ou qualquer outro instrumento que me permita começar uma revolução a partir da Serra do Mar, aliás se fosse para começar por aquelas bandas, daria preferência à Ilha de Bom Abrigo, que conheço muito bem e de longa data.
Repetindo o ministro Gilmar Mendes em alto e bom som: “O PT tinha dinheiro para a eleição e para muitas outras coisas, que é, em minha opinião, o que estamos vendo. Imagino que boa parte da antiga equipe não poderá participar do novo governo, simplesmente porque está presa.
O que será que podemos esperar de um governo liderado por um presidiário solto pelos amigos? Será que o Ministro Fachin vai desistir da carreira no Supremo e disputar a vaga de ministro as Justiça? Ele merece. O Zé Dirceu será ministro da Fazenda?
E o Adelio? Creio que será embaixador no Cazaquistão, afinal deveremos ter novamente uma enxurrada de embaixadas para acomodar os amigos com baixo padrão cultural. Considerando ainda que o choro é livre, continuo no meu mar de lágrimas, pensando nos meus filhos, netos, sobrinhos e afilhados que, se continuarem no Brasil, provavelmente terão que mudar os hábitos aprendidos em casa para cursar uma escola noturna com aulas de comportamento para serem petistas.
Coitadinhos! Perceberão que vão ter que jogar fora anos e anos de boa educação, de comportamento social e de respeito aos direitos. Com certeza terão que fazer alguns cursinhos à noite com pessoal do MST, com técnicas de como colocar crianças ranhentas e chorando na linha de frente das invasões, e/ou mulheres grávidas e andrajosas para ocupar as beiras das rodovias. Acho que será um governo completamente novo. Algo nunca visto neste País.
Hiram Souza é empresário, marketeiro de longa data, aos 80 anos de jornada o que permite ter uma janela holística para o mundo. Com leve humor escreve sobre assuntos ligados à política, comportamento, educação e brasilidade.
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