Lembranças da figura de um pai
No palco, apenas um tapete de couro circular, um tacho de cobre, Hélio Fróes e suas memórias ficcionadas sobre o seu pai. Depois de 12 anos fora do palco, o ator e diretor da consagrada Cia de Teatro Nu Escuro retorna à cena com “Cobre do meu pai”, um monólogo que envolve uma jornada pessoal e profunda. Este projeto foi contemplado pelo Edital de Arte e Criação em Goiás da Lei Federal Paulo Gustavo.
“Cobre do meu pai” é um trabalho sutil, minimalista e profundo. Parte de uma história real que conduz a uma ficção e fabulação de memórias de Hélio sobre o seu pai. “São questões pessoais, mas que também têm uma dimensão universal, na medida em que o trabalho aborda temas com os quais o público também poderá se identificar”, compartilha o dramaturgo. No cerne dessa narrativa, encontramos a relação infantil entre Hélio e seu pai, um homem que, aos olhos de uma criança, era um verdadeiro herói. No entanto, à medida que a história se desenrola, descobrimos um passado repleto de sombras e atitudes que questionam essa figura paterna.
O trabalho tem a direção de Fernanda Pimenta, produção de Geovani Santos, direção de arte, figurino e cenário de Rô Cerqueira. A proposta da montagem é de um teatro documentário. “Esta é uma escolha que oferece uma narrativa sólida e baseada na realidade”, comenta o ator.
Ao longo destes doze anos fora dos palcos, Hélio Fróes viveu desafios na vida pessoal e novas propostas na vida profissional. O seu pai morreu de câncer e, um ano depois, ele também enfrentou a mesma doença. Ao longo deste tempo, dedicou-se à docência, como professor da Escola do Futuro (EFG) em Artes Basileu França, e à produção audiovisual. Dirigiu trabalhos como “Festa Entre Parentes”, “Vila Mariote” e versão audiovisual de “Gato Negro”.
O tacho de cobre é um símbolo importante na peça, representando a herança familiar e os segredos ocultos. Sua venda torna-se uma espécie de rito de passagem para o protagonista, pois o força a enfrentar o passado e a se afastar de sua zona de conforto.
O tom misto de humor e poesia é uma escolha artística intrigante. “Isso permite que a peça equilibre o peso do drama com momentos leves e reflexivos. O humor pode ser usado para aliviar a tensão e criar conexões emocionais com o público, enquanto a poesia adiciona profundidade e beleza à narrativa”, antecipa Fróes.
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Serviço: estreia de “Cobre do meu pai”, com Hélio Fróes
Data: 16, 17 e 18 de outubro (4ª, 5ª e 6ª feira)
Local: Teatro SESC Centro (R. 15, 178-298 – St. Central, Goiânia)
Horário: 20 horas
Entrada franca
(Retirada dos ingressos pelo Sympla um dia antes das apresentações)
Mais informações: https://www.instagram.com/heliofroes/
Com:
Ana Paula Mota (62) 9 9941 5464
Nádia Junqueira (61) 9 8281 0759
Vamos ?
Estou em Montevidéu….besos