Liquidação de luxo
Como fala liquidação em mandarim? Grandes marcas de luxo estão trabalhando com descontos de até 50% nos seus principais produtos para tentarem reconquistar o público chinês, que é conhecido no mundo todo por gastar muito com o grifismo.
O movimento é no mínimo raro para esse tipo de empresa. As palavras “desconto” e “promoção” não são associadas ao luxo — ao contrário de “caro” e “muito caro”. Mas a ação foi necessária. Isso acontece no momento em que a classe média chinesa, que antes comprava muito, agora está gastando cada vez menos e deixando as lojas com estoque acumulado.
A LVMH, maior grupo de luxo no mundo, viu as vendas na China caírem 6% no primeiro trimestre e apavorantes 14% no segundo. Os negócios da Burberry no país despencaram nada menos do que 20% nos últimos três meses. Já as ações da dona da Gucci chegaram ao patamar mais baixo em 7 anos depois da previsão de baixas nas vendas na China.
Novos players na área: As restrições da pandemia geraram o timing perfeito para empresas de e-commerce conquistarem os consumidores no gigante asiático.
Enquanto o mercado fashion de vendas online deve movimentar mais de US$ 230 bilhões na China, as marcas de luxo devem ter um faturamento não muito maior do que US$ 55 bi.
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