sábado, 7 de setembro de 2024

“Hoje a censura é política; antes era também analfabeta”

 

Britz Lopes – Já não se fazem mais jornalistas como Mauro Ivan Pereira de Mello. Um cara que tratava fato como troféu e tinha seus pequenos truques na manga do paletó para driblar a censura da época. Atuou em vários veículos de imprensa, foi diretor do Grupo Quatro Rodas e o responsável pela concepção de A Revista do Homem, em 1975, que três anos mais tarde se tornaria a Playboy, publicação de estrondoso sucesso. Ele conta a sua deliciosa e ousada trajetória nesta entrevista com inquisidores em diferentes fusos horários. O jornalista Marcio Fernandes, em quarto de hotel na Armênia, sete horas na frente; eu na bagunça organizada do QG de Bybritznews em Goiânia, e o brilhante publicitário Marco Antônio Chuahy, amigo do entrevistado e mediador do bate-papo, em seu escritório doméstico, também em Goiânia. No conforto de sua casa, em São Paulo, Mauro Ivan, que nos premiou com suas memórias vivas e bem vividas.

 

 

Marco Antonio ChuahyTem coisas que a gente não esquece né? Naquela época, em 1975, quando houve o lançamento da revista, no governo Geisel, em que havia a Dona Solange como chefe da censura…

Mauro Ivan – Nós tínhamos um censor diário na Editora Abril. O jurídico colocou um advogado só para atender a censura…

 

 

Marco Antonio ChuahyO boneco da revista (desenhos do original) tinha de ser enviado para a censura né?

Mauro Ivan – Tudo, mas havia umas regras muito interessantes. Por exemplo, só era permitido metade da bunda. Mas eu já tinha certa experiência porque já havia enfrentado a censura no Correio da Manhã, onde dirigia a redação. Então, lá era uma coisa mais grave. Um dia chegaram 20 censores, todos de terno e gravata, e queriam ler todo o jornal do dia seguinte. Não era fácil, mas a gente foi aos poucos descobrindo que, para enfrentar a censura, tínhamos de apresentar fatos, que não podiam ser negados; as opiniões sim.

 

 

Marcio FernandesE quando eles censuravam a primeira página, como vocês faziam? O Estadão, por exemplo, publicava poemas e outras coisas…

 Mauro Ivan – Era difícil. Uma das coisas que nos deixou felizes foi a história dos docinhos e bolos no Jornal da Tarde e poemas de Camões no Estadão. Eu tinha na época um amigo que era um cara de muito sucesso na vida, culto, dono de empresa, e um dia ele me falou que não aguentava mais a porcaria que estava o Jornal da Tarde, que só falava de docinhos. Ou seja, o efeito, para alguns leitores não informados, foi o contrário.

 

 

Britz LopesNem todos entendiam a ironia…

Mauro Ivan – Não.

 

 

Marco Antonio ChuahyNa época, o Jornal da Tarde e Estadão publicavam uma receita de um tal “lauto pastel”, você se lembra? Era uma ironia ao então governador nomeado de São Paulo, Laudo Natel.

Mauro Ivan – Bom demais.

 

 

Marcio FernandesE você chegou a ter problema mais grave, tipo ser preso, ter de ir ao Dops, algo assim?

Mauro Ivan – Uma vez aconteceu um negócio interessante e eu cheguei a ser preso, mas o chefe de polícia era meu primo Arthur Hehl, que me abraçou e disse: “Mauro, tenha muito cuidado! A família não precisa de outro “Conradinho”.” Ele se referia a meu avô, Conrado Niemeyer, vítima de um assassinato político no governo Bernardes, a quem fazia diuturna oposição, combatendo a corrupção. Conradinho foi torturado e atirado pela janela da delegacia pelos agentes de Bernardes. Um escândalo nacional. Mas, na minha vez, os que haviam sido presos foram soltos no mesmo dia. A prisão foi parcimoniosa comigo.

 

 

Marcio FernandesEntão você conheceu a carceragem por dentro?

Mauro Ivan – Exatamente. Mas não fiquei.

 

 

Marco Antonio ChuahyO projeto Playboy foi uma experiência muito gostosa na minha vida porque eu era um simples contato da agência, e era uma oportunidade de ver nascer e crescer um produto. Mauro Ivan era o publisher e sempre foi um cara de extremo bom gosto. Na época, uma coisa que ele fez muita questão de cuidar foi da linha editorial da revista, que envolvia estilo e bom gosto para escapar da vala comum de outras publicações como Ele e Ela e Status, que Mauro Ivan chamava de revistas ginecológicas. A Abril tinha um contrato com a Playboy americana, não é, Mauro Ivan?

Mauro Ivan – Foi assim: eu estava insistindo com o Luis Carta para fazermos uma revista masculina. Naquela época eu já tinha conseguido transformar a Quatro Rodas. E quem cuidava de toda a parte editorial da Abril era o Luis, que tinha acabado de sair da editora junto com o Alzugaray, para montar a Editora Três. E a Abril queria lançar uma revista. Primeiro o Luis me nomeou para dirigir a Realidade, para salvar a publicação. Acontece que os militares proibiram a Abril de me colocar no cargo. Então, a Abril foi empurrando a Realidade com a barriga até fechar. Uma pena. Aí o Roberto Civita não queria perder os jornalistas que trabalhavam na Realidade e fez o seguinte: me passou a nova revista com todo o pessoal da Realidade. O Paulo Patarra tinha na cabeça que a revista a ser feita era a Realidade. E ele foi muito correto, chegou pra mim e disse: “Mauro, eu não quero fazer a sua revista. Quero fazer outra”, que era a Realidade, que ele ressuscitaria. E continuou: “Quero falar com os Civita porque não é o que eu quero fazer”. Ele conversou com o Roberto Civita e não conseguiu convencê-lo. A gente queria fazer uma revista que tivesse o potencial político que a Realidade tinha, junto com um conteúdo que vendesse. O grande sucesso americano na época era a Esquire, que vendia 800 mil exemplares, um sucesso; mas a Playboy vendia oito milhões. Quem escrevia para a Esquire eram todos os grandes profissionais, que também escreviam para a Playboy. Interessava para nós qualificar a redação e o conteúdo da revista masculina usando os grandes jornalistas que escreviam para a Playboy. Engraçado, o Roberto Civita achava que não dava para ter profissionais no Brasil que fizessem fotos e conteúdo de qualidade. Tanto que quando a gente lançou Homem, não queríamos usar o nome Playboy porque queríamos uma revista inteligente, séria e qualificada pelo conteúdo.

 

 

Marco Antonio ChuahyE isso aconteceu.

Mauro Ivan – Isso aconteceu. Funcionou muito bem. Vendemos 200 mil exemplares do primeiro número em três dias.

 

 

Marco Antonio ChuahyUma façanha para a época, né?

Mauro Ivan – Para a época, 1975, sim. A gente ainda fez reimpressão e vendemos mais 40 mil.

 

 

Marco Antonio ChuahyA gente apanhou muito para fazer aquele folder promocional para o lançamento da Homem. Você que deu o tom. Era algo assim: “Entre nessa festa…”

 Mauro Ivan – Aconteceu o seguinte: na época o Roberto Duailibi veio falar comigo que queria lançar a revista. Daí ofereceu o Washington (Oliveto) e o Petit, que era uma dupla extraordinária. Com o poder da criatividade, eles criaram uma peça que era uma reprodução de um pôster da Playboy, só que em vez de uma mulher era um homem. Eu falei: Porra, meu! A revista é para os homens! E aí a gente pediu para eles criarem outra coisa e eles, estrelas, na véspera do fechamento do prazo, voltaram com a mesma peça. Ficamos num mato sem cachorro. Havia uma coincidência. A Esquire fazia 50 anos e como a revista era a rainha do conteúdo, ela saiu com uma capa que era um folder que estampava uma festa com todos os escritores e jornalistas importantes do mundo. Daí, chamamos um ilustrador e mandamos copiar o material, acrescentando os escritores brasileiros. E fizemos uma peça dizendo que íamos dar uma festa daquela todo mês.

 

 

Britz LopesVocê acha que hoje ainda se fazem revistas como antigamente, com o primor de detalhes?

Mauro Ivan – Não. Eu tinha uma empresa que começou a sofrer ataques, porque diziam que quem publicava em papel era velho. E isso foi criando um problema, pois passou a ser uma coisa comum nas agências do Brasil. Daí, ferraram as revistas. E elas fazem falta hoje.

 

 

Britz LopesO papel está mesmo com os dias contados?

Mauro Ivan – Acho que vai continuar. Lá fora há revistas muito importantes feitas para empresas, por exemplo, que aproveitaram a inteligência de muitos jornalistas que perderam emprego na grande mídia.

 

 

Marcio FernandesEu acabei de passar por Madri e lá as bancas de jornal e revista ainda existem, enquanto que no Brasil elas acabaram. Acha que o país se precipitou ao acabar com o mercado editorial em papel?

Mauro Ivan – Eu acho. A revista continua tendo poder de presença.

 

 

Marco Antonio ChuahyVocê editou algumas revistas empresariais, como a do Alphaville, por exemplo… Existe ainda mercado pra isso?

Mauro Ivan – As revistas corporativas eram tratadas como publicações de segunda qualidade. Quem cuidava delas era o pessoal de relações públicas e RH. As revistas das empresas não eram criadas e produzidas por jornalistas de qualidade. E isso fazia com que essas publicações falassem o que elas achavam que era importante para a empresa. Ninguém está interessado em ler isso. As pessoas querem ler fatos que fazem parte do dia a dia delas. E as revistas corporativas puxavam o saco da diretoria, achando que isso era importante. Nós fazíamos uma revista para o Bank Boston e o Pedro Malan foi escolhido por Fernando Henrique para ser ministro da Fazenda. Durante todo o período em que se discutiu a presença do Malan como ministro ele não havia concedido nenhuma entrevista, mas eu fiz uma entrevista com ele dizendo tudo o que ia fazer na Economia. Distribuímos no dia da posse. Nenhum veículo da grande imprensa conseguiu entrevistá-lo. Só nós. Isso é a razão de ser da revista corporativa.

 

 

Britz LopesVocê acha que vivemos hoje um período de censura com roupa nova?

Mauro Ivan – A censura está aí. Hoje é uma censura política. Antes era não só política, mas também analfabeta.

 

 

Marco Antonio ChuahyEntão, com essa censura analfabeta, publicar uma revista da envergadura da Playboy, que dependia da interpretação do censor com fotos de mulheres, não era tarefa fácil. Como que era driblar a censura para manter a periodicidade da revista?

Mauro Ivan – Marcando homem a homem. Como no futebol. Grudávamos no adversário. Tinha um advogado que cuidava só do assunto. Ele estava permanentemente à disposição, enchendo o saco dos censores. Todo relacionamento cria laços, que interferiam nos julgamentos. Exemplo. Eu trabalhava na Globo e surgiram no Brasil os IPMs (Inquérito Policial Militar). Todo mundo tinha medo deles. Me mandaram cobri os IPMs. Eu descobri que eles estavam todos reunidos num andar do prédio do MEC. Eu fui e fiquei junto da imprensa. Estava todo mundo esculhambado, vestido de jornalista e reclamando da vida, que a imprensa não tinha acesso a nada… eu descobri que tinha uma fila do outro lado de sujeitos com paletó, colete e gravata. E esse pessoal entrava no prédio do MEC. No dia seguinte, botei o único terno que tinha e fui para a tal fila. Ninguém da segurança sequer olhou na minha cara. Entrei e alcancei o corredor que o ministro usava para não passar em lugares públicos. Um ministro do Jango ia depor. Havia uma curiosidade muito grande. Eu fiquei ali quietinho e veio o bando de advogados do ministro e o bando de seguranças. Quando eles passaram por mim eu entrei no bolo. Os advogados acharam que eu era segurança e os seguranças acharam que eu era advogado. O resultado é que eu fui parar no cerne dos IPMs. Era um salão enorme, com baias, cada coronel com o seu IPM e ninguém entrava ali. De repente eu ouço o seguinte: “Mauro Ivan! O que você está fazendo aqui?” Pensei: estou ferrado. Era um major que ia muito no Jornal do Brasil pedir pra gente publicar notinhas sobre o esporte no Exército. Eu disse: Você vai me ferrar! Ele disse: “Não vou não! Vem comigo”. E me apresentou a todos os coronéis, que me deram os telefones das casas deles. E eu não precisei ir mais lá para cobrir os IPMs.

 

 

Marcio FernandesAs entrevistas da Playboy eram muito esperadas. Alguma te marcou em especial?

 Mauro Ivan – A entrevista do Jimmy Carter, presidente dos Estados Unidos, que ocupou uma edição especial. Foi um suplemento encaixado na revista. Foi um grande acontecimento nas eleições americanas.

 

 

Marco Antonio ChuahyForam trinta e poucas edições da Homem, que depois virou Playboy. Qual foi a grande guinada?

Mauro Ivan – O Mino Carta e o Luis Carta fizeram a Editora Três. Eu fiquei muito amigo do Luis, nos encontrávamos todos os sábados na piscina para bater papo. Ele chegou pra mim um dia, canalhamente, e falou: “Mauro, amanhã estará nas bancas a sua revista!” Eu disse: como assim? Era a Status. Então, aconteceu que das nossas conversas na piscina o Luis fez a Status. Eles tinham pedido o registro da revista Homem, por isso a nossa chamava-se “A Revista do Homem”. Isso para deixar espaço jurídico para argumentar. Eu saí da Abrir para fazer a minha editora. A gente tinha acabado de lançar a Homem, que vendia pra caramba. E eu metido a besta, queria um futuro pra mim. Chamei os Civita e falei que queria ser sócio da Abril. Olha que metido! O Roberto disse: “Nós vamos fazer uma empresa, você fica conosco etc”. Eu disse que só queria ser sócio ou ia embora. E fui porque ele ficou me enrolando.

 

 

Marco Antonio ChuahyVoltando no tempo, você teria ficado mais tempo na Abril?

Mauro Ivan – Se tivesse ficado teria enchido o saco deles para fazer o que eu queria.

 

 

Marcio FernandesO Cláudio Abramo escreveu uma coisa muito interessante no livro dele, dizendo que a ética do jornalista era a mesma do marceneiro. Hoje em dia jornalista chora até quando os Bombeiros resgatam vira-lata na rua… O jornalista está perdendo o foco com essa emoção que está colocando na notícia?

Mauro Ivan – Acho que as faculdades atrapalharam a profissão de jornalista. Os bons jornalistas têm emprego na grande imprensa. Os que não deram certo vão ser professores na faculdade. Isso é muito ruim para a profissão. Tanto que a Globo, para se defender de uma profissão que não vai atrás da informação, adotou essa história: “Nós consultamos o fulano, mas até agora não nos deu resposta”. Porra! Isso é o antijornalismo. Como assessor de imprensa é o antijornalista, que doura a pílula do seu cliente. O assessor de imprensa deveria fazer curso de Relações Públicas, não de jornalista, que é diferente: ele tem de ter desespero para encontrar a notícia e arrancar a verdade.

 

 

Britz LopesO jornalismo investigativo acabou?

Mauro Ivan – Não. Ainda há profissionais idealistas, como o Domingos Meireles, que mudou a revista Quatro Rodas, comprando uma carteira para um motorista cego. Teve também a carteira para o Bruce Wayne (o ator de Batman), americano que visitava o Brasil. Aquela matéria rendeu onze inquéritos.

 

 

Marco Antonio ChuahyAcho que o que contribuiu para o declínio da mídia impressa é porque o jornalista não se aprofunda nos fatos. E a internet hoje antecipa o jornal de amanhã. Se houvesse aprofundamento, talvez haveria sobrevida para o impresso, não?

Mauro Ivan – Exatamente. Lembra quando o Mino Carta fez um jornal que durou pouco? Chamava-se Jornal da República. Era um jornal muito inteligente. Eu comprei o jornal porque queria saber sobre o jogo do Santos. Tinha uma matéria no jornal sobre o evento, mas não tinha o resultado. O óbvio é essencial.

 

 

Marcio Fernandes O jornalismo investigativo pode não ter acabado, mas acho que o repórter sim. O jornalista tem vergonha de ser repórter. Eu fui durante muito tempo e acho que o repórter é a essência do jornal.

Mauro Ivan – A gente podia almoçar para comemorar o dia da tristeza. Eu trabalhava na Globo e fui nomeado editor internacional de política, com uma equipe que fazia o que seria o berço do Jornal Nacional. Eu fiquei feliz e fui logo pedir um aumento. O diretor, que não era do ramo, me disse que eu precisava entender quanto valia o meu cargo. Daí, pedi demissão. É uma visão idiota e comercial que queima o coração do jornalismo.

 

 

Britz LopesFazer jornalismo antigamente era mais glamuroso do ponto de vista de publicar, orgulhosamente, uma reportagem bem feita?

Mauro Ivan – Antigamente tinha mais. A gente enchia a boca pra dizer que era jornalista.

 

 

Britz LopesVocê se considera um saudosista?

Mauro Ivan – Não, sou só velho mesmo. Esse papo de melhor idade é uma sacanagem.

 

 

Marcio FernandesA internet criou o “tudista”, cara que dá palpite e entende de tudo. Como você vê esse fenômeno?

Mauro Ivan – É o excesso de orgulho. As pessoas se sentem orgulhosas em dar opinião. E aí, meu filho, salve-se quem puder! Qualquer ignorante opina sobre tudo.

 

 

Britz LopesQual a sua relação com a internet?

Mauro Ivan – Apanho dela todos os dias. Eu começo lendo uma coisa, me levanto e quando volto o negócio sumiu e nunca consigo achar novamente. É um inferno!

 

 

Britz LopesVocê põe fé na Inteligência Artificial?

Mauro Ivan – Morro de medo dela, porque as pesquisas que tem sido feitas, inclusive em Stanford, descobriram que você gera grupos de “pessoas” (entre aspas mesmo) que se relacionam e decidem atitudes coletivas juntos. Isso é uma coisa que não tem fim. A gente não tem ideia do que isso vai virar. Daí, eu entendo o desespero desses caras que estão pedindo para parar um pouco essa pesquisa e organizar o futebol.

 

Avatar

Este post foi escrito por: Britz Lopes

As opiniões emitidas nos textos dos colaboradores não refletem necessariamente, a opinião da revista eletrônica.

4 comentários em "“Hoje a censura é política; antes era também analfabeta”"

  • Avatar Noemy Faria disse:

    Mil vezes Parabéns! Essa entrevista, riquíssima, me fez lembrar de excelentes momentos do jornalismo. Estes caras são feras demais👏👏👏👏👏👏

  • Avatar CLAUDIA STAMATO disse:

    Precisamos de mais entrevistas como esta. Deliciosa! Fatos com verdade e emoção ! Adorei!!!!

  • Avatar Alexandre Octavio Ribeiro de Carvalho disse:

    Li alguns textos de jornal do Mauro Ivan, e entendo que necessitariam ser revisitados em livro. Há sempre algo a ensinar. Entrevista marcante. Abç.

Deixe uma resposta