O que os “nem-nem” tem a ver com o PIB brasileiro?
Mesmo sem estudar ou trabalhar, os jovens, entre 15 e 29 anos, que fazem parte do grupo dos chamados “nem-nem” não passam despercebidos pela economia brasileira. Um estudo mostrou que essa turma poderia ter contribuído com mais R$ 46 bilhões no PIB do Brasil em 2022 se estivesse inserida de alguma forma no mercado de trabalho.
Por que isso importa? Os jovens são aqueles que têm mais anos de força produtiva pela frente, além de trazerem renovação e novas ideias para as diversas frentes de trabalho que fazem parte.
O impacto pode ser tanto no curto prazo, com a falta de salário e poder de consumo, como no longo prazo, com o acúmulo de anos em que os jovens não produzem e não contribuem para a previdência.
A cada R$ 1 de aumento na renda média dos jovens, o PIB pode ser impactado em mais R$ 1,6 milhão.
Quem são eles? Um em cada cinco jovens brasileiros dentro da faixa etária dos “nem-nem” não estuda nem trabalha, somando quase 11 milhões de pessoas. Isso nos deixa como o segundo país do ranking. Claro, a grande parte não está aí por pura opção.
Desse grupo, 4,7 milhões de jovens não procuraram emprego e nem gostariam de trabalhar, sendo que essa resposta veio em pouco menos da metade de mulheres responsáveis por cuidar de parentes ou de trabalhos domésticos.
Aos que têm oportunidades, “flexibilidade” é a palavra da vez quando o assunto é trabalho. Além de dresscode mais versátil e jornadas de trabalho maleáveis, dois em cada cinco jovens preferem procurar outro emprego a trabalhar 100% presencialmente.