segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Tradição que chega ao fim

 

CONEXÃO FIORENTINA — Os letreiros ainda estão lá: “Pizzicheria salame e queijos” de um lado, “Alimentari Liberio e Luana” do outro. Mas a porta se fechou. O tradicional restaurante e mercearia na esquina da via dell’Isola delle Stinche com a Piazza San Simone encerrou as atividades após mais de meio século. Os últimos gerentes, Stefano e Stefania Guadagni, se aposentaram após 21 anos atrás do balcão. “Trabalhávamos 14 horas por dia, das sete da manhã às nove da noite, embora os últimos dois anos, com a pandemia, reduzimos um pouco a carga horária”, disse Stefania. “Agora vamos descansar”.

Stefano era funcionário de uma rede de lojas, quando, com sua mulher, assumiu a histórica loja de gastronomia e alimentação no bairro de Santa Croce, bem ao lado da igreja de Santi Simone e Giuda. Stefano e Stefania ocuparam o lugar de Liberio e Luana, mas deixaram o tradicional lugar com o nome dado por seus antecessores.

“Todo o bairro era nosso cliente, assim como as pessoas que trabalham nos escritórios ao redor, além dos turistas estrangeiros”. Era uma loja onde se podia encontrar desde o prato típico florentino ao salame; um ponto de referência para os habitantes.

Depois de mais de vinte anos, o casal não encontrou ninguém para seguir com o negócio, mas era chegada a hora de se aposentar. O imóvel foi vendido e as reformas estão em andamento – vai virar um restaurante. “É sempre muito triste quando uma atividade histórica fecha porque é um pedaço da cidade que vai embora”, explica Silvana Vivoli, da vizinha sorveteria Vivoli (outra ponto histórico de Florença desde a década de 1930).

 

Com informações do Corriere Fiorentino

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Este post foi escrito por: Anna Paula Guerra

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