quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Café com Sueli Arantes

 

Taxiando 

 

Segundo mais votado do MDB, com quase 51 mil votos, o deputado Lucas Calil exibiu força eleitoral, ganhou musculatura e se credencia voos mais altos na política em Goiás. O emedebista obteve a grande votação graças ao trabalho desenvolvido na Assembleia e mais do que dobrou o número de votos em relação a 2018, quando recebeu 23.994 sufrágios.

 

Trajeto 

 

Em 2014, Lucas Calil teve 18.128, conquistando o primeiro mandato. Ou seja, ele está em trajetória ascendente e se firma como player importante do alto clero da política no estado. De imediato, já é cotado para presidente da Alego e também se cacifa para a disputa da prefeitura de Goiânia em 2024. Jovem, passa a figurar na lista dos políticos promissores em Goiás. 

 

 

Disputa pela cadeira de Lissauer

*   O comando da nova Assembleia já começa a esquentar nos bastidores e deve acirrar na medida em que as cartas forem colocadas na mesa. Bruno Peixoto reivindica o cargo pela lealdade ao governador e por ter sido o mais votado nas urnas (73 mil votos). Peixoto é líder do governo no Legislativo, mas não tem bom trânsito entre os deputados veteranos. Negativamente, pesa a influência da família, especialmente do pai, Sebastião Peixoto.

 

*  Virmondes Cruvinel também colocou o time em campo e conta com o apoio de Lissauer Vieira e também do ex-presidente José Vitti. Pesa negativamente contra Virmondes o fato de nunca ter votado a favor das matérias decisivas enviadas por Caiado à Assembleia, o que motivou a sua exclusão da base do governo. Outro ponto negativo: a influência que sofre da família, lembrando que é filho da ex-vereadora Rose Cruvinel e do conselheiro aposentado do TCM, Virmondes Cruvinel.

 

*  Atual vice-governador e deputado eleito, Lincoln Tejota também articula e teria como capital político apoio da primeira-dama Gracinha Caiado, que defende recompensá-lo devido à lealdade ao caiadismo mesmo depois de ser escanteado da chapa governista. Contra ele, o fato de ser apontado como “individualista”.

 

* Correndo por fora aparece Renato de Castro, que já foi deputado estadual e prefeito de Goianésia. Castro contabiliza como cacife político o fato de ter sido um dos cinco prefeitos rebeldes que abriram dissidência no MDB para apoiar Caiado em 2018. O apoio a Caiado acabou lhe rendendo expulsão do partido e atrito pesado com Daniel Vilela, hoje vice-governador eleito, que pode ser um problema para Castro, uma vez que o MDB vilelista tem a maior bancada eleita na Assembleia.

 

* Outro que sonha com a cadeira de Lissauer Vieira é Cairo Salim. Ele alega fidelidade canina a Caiado, mas não é levado a sério pelos deputados mais velhos na Casa, que o classificam como membro do baixo clero. Salim se movimento para liderar a bancada evangélica e se impor na corrida pela presidência do Legislativo estadual.

 

Suplentes  pressionam Caiado para assumir na Assembleia

 

*  Álvaro Guimarães tinha tudo para ser o sucessor de Lissauer Vieira no comando da Assembleia. Para tanto, possuía o sinal positivo de Caiado, que queria pagar uma dívida política por não ter conseguido elegê-lo presidente da Casa em 2018. Mas, depois de sete mandatos, Guimarães naufragou nas urnas, embora com mais de 30 mil votos. Segundo suplente do União Brasil, agora quer que Caiado pague a dívida com ele com uma ressurreição política. Ou seja, pleiteia que o governador o resgate da suplência. Para tanto, Caiado teria que movimentar duas peças no tabuleiro político: aproveitar um deputado  eleito pelo União Brasil no secretariado e remover o primeiro suplente, Rubens Marques.

 

*   Chiquinho de Oliveira amargou mau desempenho nas urnas em 2018 quando era líder do governo Marconi/Zé Eliton e não conseguiu emplacar um novo mandato. Agora, depois de deixar o PSDB, filiar-se ao MDB e aderir ao governo Caiado, foi novamente surrado nas urnas. Próximo de Gracinha Caiado e com um pé na cozinha do Palácio das Esmeraldas, trabalha dia e noite para deixar a primeira suplência do MDB e assumir mandato na Assembleia. Promete liderar tropa de choque governista na Casa.  A conferir.

 

 Secretários forasteiros não terão espaço no novo governo Caiado. Ao contrário da gestão que se finda, o governador não deve abrir espaço na sua equipe para quadros forasteiros. Caiado vai prestigiar nomes locais, especialmente gente ligada ao MDB de Daniel Vilela. É o caso, por exemplo, dos ex-deputados federais Leandro Vilela, Euler Morais e Pedro Chaves.

 

*  A única exceção entre os estrangeiros será Cristiane Schmidt, reconhecida pelo trabalho de saneamento financeiro que realizou na Secretaria da Economia.

 

 

Rogério Cruz mostra desânimo

A derrota da primeira dama Thelma Cruz para a Assembleia fez baixar um desânimo geral no Paço Municipal. O prefeito Rogério Cruz vê traição por todos os lados e já admite fazer uma ampla reforma no secretariado. Com a pulga atrás das orelhas com a minguada votação de Thelma Cruz, avalia que, se não agir rápido, a reeleição irá para as cucuias.

 

 

Olhos compridos no Paço

O bolsonarismo avalia que tem boas chances de conquistar a prefeitura de Goiânia com Vanderlan Cardoso ou Wilder Morais. Os dois senadores gostam da ideia e devem avançar nas conversações para uma candidatura de consenso. O deputado federal eleito Gustavo Gayer tem chances de representar o bolsonarismo na disputa municipal. 

 

 

Este post foi escrito por: Sueli Arantes

As opiniões emitidas nos textos dos colaboradores não refletem necessariamente, a opinião da revista eletrônica.

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