A isonomia foi para a lata de lixo
Caros amigos qual será o sentido que a palavra isonomia tem para certas autoridades? Afinal, vamos continuar vivendo no Brasil e, como as autoridades inventam, criam ou produzem leis de acordo com o momento, me apresento para questionar o entendimento que cada um possa ter do sentido dessa palavra: I-SO-NO-MI-A. Segundo informações recentes, provavelmente não observadas pelo Ministro Alexandre de Moraes, o tio Google diz que:
1) Isonomia — “ESTADO DOS QUE SÃO GOVERNADOS PELAS MESMAS LEIS”. Isto posto, vamos para uma descrição legal.
2) Termo Jurídico — “PRINCÍPIO GERAL DO DIREITO, SEGUNDO O QUAL, TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI; NÃO DEVENDO SER FEITA NENHUMA DISTINÇÃO ENTRE PESSOAS QUE SE ENCONTREM NA MESMA SITUAÇÃO”.
Bom, tendo consultado o tio Google, chego à conclusão de que o referido ministro não atentou para as regras respeitadas anteriormente ao seu ingresso na presidência do STE — Superior Tribunal Eleitoral, recentemente elevado à categoria de puxadinho do STF — Superior Tribunal Federal onde, teoricamente, deveriam ser resolvidos todos os problemas constitucionais.
Todavia, como no Brasil, de uns tempos para cá, a Justiça e a Constituição não vêm se falando de forma clara, objetiva e, sobretudo, baseada em legalidade, como seria de se esperar quando falamos da justiça máxima em nosso País. Amigos, ledo engano. A nossa justiça maior vem de algum tempo legislando em benefício e “isonomicamente” falando, em benefício de um dos lados. Como se trata de um tema de fundamental importância, a reeleição de um presidente de um lado e de um ex-presidiário condenado em duas instâncias e execrado “antigamente” pela mesma mídia que, por alguma razão, passou a cultuá-lo.
Esperávamos que houvesse isonomia no tratamento das questões que fossem surgindo durante o desenrolar da campanha, coisa que definitivamente não aconteceu. Voltando ao início deste artigo, sou obrigado a questionar as atitudes tomadas pelo Doutor e Ministro Alexandre de Moraes que, deliberadamente, atropelou tudo, desde a legislação eleitoral até a questão de “empastelamento moreno”, para não chamar de censura na emissora Jovem Pan. Além de todos os blogs, proibindo determinadas expressões até pouco tempo atrás toleradas por todos, da imprensa ao judiciário.
Acho cansativo para os leitores colocar aqui todas as vezes em que o Ministro Alexander de Moraes interveio em favor de um dos candidatos, inclusive por supressão de mensagens radiofônicas ou televisivas de um dos candidatos, soltando notas para a imprensa dizendo que: “essa não é função do STE”! Como não?!
Daí, como diria meu velho avô que era filósofo no cais do porto em Paranaguá, quando algo o surpreendia: cai de bunda no chão! Como não é função do STE?
Se conseguiu saber o que as pessoas, influencers ou ainda blogueiros postavam nas redes, de uma amplitude inimaginável, se comparado com os meios de comunicação tradicionais, mandando suprimi-los temporariamente (alô, alô, temporariamente) das redes, e não consegue controlar a imprensa escrita, radiofônica ou ainda televisiva, que tem nome e endereço certo?? Chego à conclusão que o doutor Ministro não conhece, ou simplesmente resolveu ignorar a palavra I-SO-NO-MI-A.
Hiram Souza é empresário, marketeiro de longa data, aos 80 anos de jornada o que permite ter uma janela holística para o mundo. Com leve humor escreve sobre assuntos ligados à política, comportamento, educação e brasilidade.