sábado, 27 de julho de 2024

A origem dos museus

André Dorigo — A palavra “museu” vem de “museion”. Na Mitologia Grega, era o templo das nove musas, filhas de Zeus e de Mnemosine, a deusa da memória. Portanto, a casa onde reside a união da criação com a memória é mesmo uma boa definição para um museu!

 

Os primeiros acervos, que deram origem ao que hoje entendemos como museus, eram coleções particulares de objetos variados, relacionados à história natural, à geologia, à etnografia, à arqueologia, etc. Essas coleções eram chamadas de Gabinetes de Curiosidades, ou de Maravilhas.

 

Para que se tornassem os espaços públicos como conhecemos hoje, foi preciso um longo processo que teve início entre os séculos XVIII e XIX, consequência de diversos fatores, como a expansão colonial europeia, o Iluminismo, o nacionalismo e a democracia.

 

Com o tempo, cada acervo foi se especializando. Por exemplo, o Louvre, em Paris, e os Museus Capitolinos, em Roma, se especializaram em artes.

 

Aliás, a origem dos Museus Capitolinos remonta a 1471, quando o então Papa Sisto IV, o mesmo que deu nome à capela Sistina, no Vaticano, doou à cidade de Roma duas antigas obras de bronze: os fragmentos de uma estátua colossal de Constantino e a Loba Capitolina, tendo ambas um forte significado simbólico para a cidade.

 

A partir dessas primeiras peças, foi se formando uma coleção. O conjunto arquitetônico que abriga os museus, que ficam no topo da colina do Capitólio, foi projetado por Michelangelo.

 

Em 1734, sob influência do pensamento iluminista, os Museus Capitolinos foram abertos à visitação, sendo considerados os primeiros museus públicos de arte do mundo.

 

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Este post foi escrito por: Britz Lopes

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