sábado, 27 de julho de 2024

Aberta a temporada de ocupação do Martim Cererê

 

Neste sábado, a partir das 19 horas, o público terá a oportunidade de participar de uma programação especial, preparada pela produtora cultural Fluir Experiências, com entrada gratuita. O evento tem como palco um dos principais equipamentos culturais de Goiânia, a capital de Goiás, o Centro Cultural Martim Cererê. Trata-se do lançamento do projeto “Dinamização Martim Cererê”, um trabalho colaborativo, que tem como propósito a movimentação e fortalecimento de um dos espaços mais importantes da cidade.

 

O lançamento do projeto terá como atrações a palestra “Acessibilidade e o fim do capacitismo nas artes”, com Brazil Nunes, no Teatro Pyguá, a partir das 19 horas; a instalação permanente de coletores de resíduos recicláveis, do projeto “Volta e Recria”, do Ciclo Trash em parceria com a Cooperativa Beija-Flor; e para encerrar a noite, a música de Pádua e Tom Chris, que apresentam o show “Por Outros Cantos”, no Teatro Yguá.

 

O projeto “Dinamização Martim Cererê” é uma iniciativa do Estado de Goiás, por meio da Secult Goiás e da Lei Paulo Gustavo de Goiás, sendo operacionalizado pela Fluir Experiências. Um esforço conjunto, destinado a promover o encontro entre fazedores de cultura. A programação e segue até julho, com atividades semanais.

 

Na próxima semana, no dia 9 de março, a programação será em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, por isso será a vez de Rainy Ághata e Regina Jardim apresentarem o Show Quintal Verde Anil, a partir das 19 horas.

 

Mais que evento, fomento

 

Segundo seu coordenador, Wellington Dias, esse é um trabalho que vai além da produção de eventos. Trata-se de criar uma ambiência, ao longo de cinco meses, de forma a atrair o público, mas também, e principalmente, mais realizadores, para esse que é um espaço que oferece uma estrutura ímpar na cidade de Goiânia, e que nem sempre é bem explorado pelos artistas locais e nacionais.

 

 

Valorização de um espaço histórico para as artes goianas

A história do Martim Cererê remonta ao início da década de 80, quando foi fundado como uma casa de espetáculos e espaço de manifestações culturais. Seu nome é uma homenagem ao livro “Martim Cererê” do escritor Cassiano Ricardo. Contando com duas salas de espetáculos, construídos dentro de antigas caixas d´água, os teatros Yguá e Pyguá, com capacidade para 190 e 300 pessoas, respectivamente, além de um teatro de Arena, um bar e jardins que também servem às programações ao ar livre, o ambiente foi pensado para as diversas formas de expressão cultural e artística, e principalmente para a sociabilização de seus frequentadores, que ao entrar no Centro Cultural, podem sentir um clima de envolvimento e circularidade dos processos que ocorrem ali dentro.

 

Ao longo dos anos, o Martim Cererê sofreu com períodos de abandono, tanto quanto contou com retomadas promovidas por gestores públicos ou mesmo por artistas e produtores independentes. Ao longo de anos de ações abertas ao público,  tornou-se um ponto de encontro para artistas, músicos, escritores e entusiastas da cultura em geral.

 

Em 2018 foi iniciado um processo de revitalização, que visou resgatar a importância e o potencial cultural do local. A revitalização incluiu a reestruturação física do espaço, melhorias nas instalações, ampliação da infraestrutura e a implementação de um novo projeto de gestão, com o objetivo de fomentar e fortalecer a produção cultural local.

 

Atualmente, o Centro Cultural Martim Cererê é reconhecido como um espaço de vanguarda e experimentação artística em Goiânia. O espaço desempenha um papel fundamental na difusão da cultura goiana, valorizando as expressões artísticas locais e proporcionando um ambiente propício para a troca de experiências e o surgimento de novos talentos. É um espaço que celebra a diversidade cultural e contribui para o enriquecimento da vida cultural da cidade e do estado de Goiás como um todo.

 

O local abriga diversos eventos, como shows, exposições, peças teatrais, feiras de artesanato e festivais, oferecendo uma programação diversificada que contempla os mais variados segmentos artísticos.

 

Com: Ana Paula Mota

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Este post foi escrito por: Britz Lopes

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