sábado, 27 de julho de 2024

As esculturas voadoras de Signorini

Conexão Fiorentina  — Em meio à monumental arquitetura renascentista de Florença, símbolo máximo da culutra italiana, surgem esquálidas e bem delineadas figuras instigantes, de leveza intangível. São as obras do inquieto artista plástico Antonio Signorini que pousaram na capital da Toscana – onde permanecem até 31 de janeiro.

 

Duas são bailarinas: Idra e Merope, que flutuam na Piazza San Firenze. Já da Piazza del Carmine, emergem dois cavalos alados, cujas pernas são tão rápidas que não chegam a tocar o chão. Enquanto na Piazza del Grano, uma máscara ancestral de bronze com os olhos vendados por uma faixa de ouro 18 quilates atrai a atenção de florentinos e turistas – absolutamente ninguém consegue ignorar ou ficar alheio a tamanha precisão criativa.

 

 

As obras compõem a exposição iteinerante ao ar livre batizada de Through, com curadoria de Luca Beatrice, promovida pela Câmara Municipal de Florença e pela Oblong Contemporary Art Gallery of Dubai e Forte dei Marmi. Antonio Signorini, que hoje vive entre Florença e Dubai, tem também uma magnífica série de guerreiros esquálidos, que representam o ápice de sua maturidade como artista. “Cada trabalho envolve um estudo de engenharia sensível, já que são esbeltos, mas na verdade são muito pesados”, explica Antonio, que desenvolveu suas próprias técnicas, dando uma abordagem muito peculiar a cada material que utiliza.

 

 

Quem é o gênio?

Ainda muito jovem, Antonio já tinha fascínio por transformar o bidimensional em tridimensional, o desenho em escultura. Sua jornada começou sob o céu da Toscana, onde nasceu, em 1971, e foi imediatamente imerso na forte história desta região. Compartilhou a paixão de seu pai pela arte e juntos eles visitaram museus, monumentos e sítios arqueológicos em toda a Europa. Foi o que desencadeou um processo de pesquisa sobre a essência da arte; ele passou muitas horas tentando entender seu significado e beleza.
Foi em Milão, em 1990, que ele abriu seus horizontes e começou a experimentar o desenho artístico, dirigindo uma equipa de produção e design, o que lhe permitiu compreender e experimentar materiais contemporâneos e possibilitou-lhe um profundo conhecimento da moda italiana.

 

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Este post foi escrito por: Anna Paula Guerra

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