domingo, 8 de dezembro de 2024

Brasil, um olhar para frente

 

Como diz um amigo limpando a lousa, ou limpando a poeira deixada pelos conflitos, pelas interdições das estradas, dos atropelamentos à Constituição, pelo ranço eleitoral e eleitoreiro, você tem acompanhado o protagonismo brasileiro no agronegócio? Não me refiro só aos volumes que são estrondosos, mas principalmente às oportunidades que estão sendo aproveitadas em todas as direções.

 

Enquanto a gente brigava nas redes com os 50.9% dos eleitores desavisados, o pessoal do agronegócio estava trabalhando duro, em nove meses colocou na conta das exportações US$ 122 bilhões de dólares. Esse valor é cerca de US$ 1.5 bilhão maior que todo o ano de 2021.

 

Embora tenham novidades, a rainha ainda é o complexo da soja, que sozinha, respondeu por US$ 53 bilhões de dólares, quase 43% do total das nossas exportações. A segunda posição vem sendo ocupada pelas carnes, seja de frango, de bovinos ou ainda suínos, onde já caminhamos por uma via de ampla produção altamente aceita no exterior.

 

Considerando os efeitos da pandemia, seguida da guerra Rússia X Ucrânia que vem trazendo sérios problemas para os agricultores europeus e mesmo para os americanos por conta da falta do fertilizante da Rússia, grande produtor mundial que resolveu retaliar em resposta ao boicote que lhe tem sido imposto. É aquela história de que pau que bate em Chico tem que bater em Francisco, fora do Brasil, claro!

 

O fato é que o Brasil tem sabido contornar pressões internacionais e, de uma forma ou de outra, vem se saindo muito bem como negociador de meios. Acredito que em uma negociação bem sucedida ganhamos “algum” nesse negócio de transferir fertilizantes russos, já que nos prevenimos com a visita do Presidente à Rússia garantindo os fertilizantes que, ao passar pelo Brasil, ficam livres do boicote russo aos americanos, e assim, os russos continuam vendendo, os americanos continuam comprando e nós fazendo o meio de campo. Bom para todos.

 

Desde o tempo da famosa Rota da Seda que o aspecto político é deixado de lado para que os negócios possam fluir gerando empregos, ganhos e paz para todos e mais importante, escapando de guerras de terceiros, que se encontram muito longe das nossas fronteiras e dos nossos interesses.

 

Assim, estamos conseguindo ter um bom relacionamento com os compradores não nos envolvendo nas políticas, nas religiões ou credos dos mercados aos quais vendemos nossos produtos.

 

O agronegócio brasileiro evoluiu e tem amadurecido com práticas altamente profissionais, tanto no ponto de vista de produção como no de negociação, talvez eu esteja enganado, mas já há algum tempo noto que a chamada “produção familiar,” vem, de um jeito ou de outro, sendo absorvida pelas cooperativas que, contrariamente ao que alguns pensam, não são formadas apenas por grandes produtores.

 

Produtores médios e pequenos também fazem parte das cooperativas, que têm apresentado uma incrível capacidade de aglutinar, ajudar e coordenar ações e interesse dos seus cooperados, sobretudo com apoio de informações e aplicações de novas tecnologias. VAMOS OLHAR PARA FRENTE??

 

Hiram Souza é empresário, marketeiro de longa data, aos 80 anos de jornada o que permite ter uma janela holística para o mundo. Com leve humor escreve sobre assuntos ligados à política, comportamento, educação e brasilidade

Este post foi escrito por: Hiram Souza

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