CIA adota teoria para explicar a origem da COVID-19: vazamento de laboratório
A teoria do vazamento de laboratório ganha apoio dentro da CIA. A agência, agora, cinco anos depois do início da pandemia, acredita que a COVID-19 pode ter escapado de um laboratório em Wuhan. Não há nenhuma nova inteligência por trás da mudança da agência, disseram as autoridades. Em vez disso, baseia-se nas mesmas evidências que vem sendo discutidas há meses.
A análise, no entanto, parte de um estudo mais detalhado das condições nos laboratórios de alta segurança na província de Wuhan antes do surto pandémico, segundo pessoas familiarizadas com o trabalho da agência. Uma porta-voz da CIA disse que a outra teoria permanece plausível e que a agência continuará a avaliar quaisquer novos relatórios de inteligência credíveis disponíveis.
Explicando melhor: desde o início da pandemia, havia duas principais teorias sobre a origem do vírus: o vazamento acidental de um laboratório em Wuhan ou a transmissão natural por um mercado local. A CIA se manteve neutra, mas uma nova análise divulgada pelo diretor John Ratcliffe agora favorece a hipótese do laboratório.
Por que isso importa mesmo cinco anos depois? O debate sobre as origens do vírus não é apenas uma questão científica, mas também de segurança nacional e geopolítica. A mudança na posição da CIA revisita questões sobre a responsabilidade da China na pandemia e levanta especulações sobre os impactos de uma possível origem laboratorial, considerando especialmente as tensões entre os EUA e a China.
Para os EUA, a descoberta de que o vírus teria se originado em um laboratório chinês poderia ter consequências diplomáticas sérias, aumentando as pressões sobre o governo de Pequim. A pandemia de COVID-19, iniciada em março de 2020, deixou mais de 690 milhões de casos registrados e quase 7 milhões de mortes.
(Imagem: Hector Retamal | AFP | Reprodução)