sábado, 27 de julho de 2024

Drummond revelou Cora Coralina para o mundo

 

Essa era minha querida amiga Aninha Bretas, a Cora Coralina. Em fins dos anos 1960 eu morava em Goiânia e ia, com meu fusquinha, visitá-la em Goiás Velho. Ali comprava seus doces, deliciava-me com suas conversas, com sua poesia na Casa Velha da Ponte, como costumava chamar sua moradia à margem do Rio Vermelho.

 

Muito tempo depois, em 1980, Carlos Drummond de Andrade, nosso poeta maior, revelava com muito louvor a então desconhecida poetisa e contista goiana em sua coluna no Jornal do Brasil. Dizia ele ser Cora Coralina a mais importante figura de Goiás, mais do que o governador, mais do que qualquer outra pessoa do Estado.

 

 

A partir daí, todos queriam saber quem era essa figura tão elogiada pelo grande poeta. Talvez tenha esse texto de Drummond. Encontrei essa dedicatória feita no ano em que o poeta de Itabira revelou Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, a Cora Coralina, mundo afora. Cinco anos depois ela partia, aos 96 anos, na cidade de Goiânia, deixando seus milhares de admiradores.

 

Talvez tenha uma gravação que fiz da própria Cora recitando “As mãos”, um de seus muitos poemas. Deve estar em um dos empoeirados baús dos velhos tempos… Vou tentar achá-la.

 

Luiz Gravatá é jornalista

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Este post foi escrito por: Luiz Gravatá

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