É muito vinho para pouco apreciador
Tinto, branco ou rosé? Ao que parece, nenhum deles. Desde 2018, o mercado global de vinho tem observado uma queda no consumo da bebida, chegando a 22,1 bilhões de litros no ano passado. Os números não mentem.
A cifra representa uma queda de 2,6% em relação a 2022; já na comparação com 2017, o decréscimo foi de 10,5% — isso é o equivalente a 3,5 bilhões de garrafas não consumidas.
Acontece que, por conta dessa redução da demanda, passou a existir um excesso de oferta da bebida, levando agricultores de certos territórios a terem que destruir seções inteiras de vinhas.
Em março, foi divulgado que dezenas de milhões de vinhas seriam arrancadas na Austrália. Já o governo francês destinou cerca de 200 milhões de euros para converter este vinho extra em etanol.
Para evitar mais perdas — e até falências de vinícolas —, uma das soluções foi criar uma campanha internacional chamada “Come Over October”, incentivando as pessoas a convidarem amigos para um bate-papo e uma taça de vinho no mês de outubro.
Outra solução, segundo especialistas, seria passar a oferecer vinho sem álcool, sobretudo pelo fato de que as novas gerações estão consumindo cada vez menos bebidas alcoólicas.
O mercado global de vinhos não alcoólicos fechou 2023 avaliado em US$ 2,26 bilhões e deve crescer a uma taxa de crescimento anual composto (CAGR) de 7,9% de 2024 a 2030.
Illustration: Maura Losch/Axios
Fonte: The News