sábado, 27 de julho de 2024

Faturando alto com agulha e linha

 

Cerca de um milhão de casais celebram o casamento todos os anos, segundo dados Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen). Mas nesse ano, o volume deve ser maior em razão da pandemia. Levantamento do órgão aponta que houve um  represamento de mais de 230 mil casamentos registrados nos anos de 2020 e 2021, o que pode elevar o número de matrimônios em 47% no primeiro semestre de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado. Conforme a associação que representa todos os cartórios de registros civis, nestes primeiros seis meses do ano, o Brasil pode bater 624 mil casamentos.

 

A movimentação aquece a economia do setor de eventos e também traz oportunidade a uma profissão centenária: as costureiras. São elas as responsáveis por um dos principais coadjuvantes do momento: o vestido de noiva. Independente do tamanho das cerimônias, ele é sempre um item de destaque nas celebrações. A peça, que habita o imaginário de muitas mulheres, além de encher os olhos de quem vê, movimenta o mercado das profissionais.

 

A costureira Marcela Bastos, de 31 anos, especialista em vestidos de festa e de noivas, conta que a agenda de seu ateliê está cheia até o mês de setembro deste ano, em razão das demandas. “A procura pelos vestidos de festa aumentou bastante nesse último ano. E como faltam profissionais qualificados e diferenciados para esse tipo de trabalho, quem tem técnica e conhecimento se destaca. Um vestido de noiva chega a ter preço médio de R$ 8 mil a R$ 9 mil. A costureira pode pegar cerca de dois por semana e ter uma renda muito boa, uns R$ 30 mil por mês, é um mercado muito bom”, afirma ela.

 

Marcela ministra um curso de alta costura para noivas, repassa seus conhecimentos e orienta outras profissionais técnicas refinadas para a confecção dos vestidos, do atendimento, passando pela criação, modelagem e, por fim, corte e costura. Ela destaca que a valorização das profissionais de costura passa pela profissionalização e qualificação. Marcela fala ainda sobre a mudança no perfil da profissional costureira, que no passado era apenas uma extensão das tarefas do lar, mas, ao longo dos anos, virou um ofício importante por dar autonomia e independência financeira para as mulheres.

 

Com: comunicação sem Fronteiras

Foto: Divulgação/Marcela Bastos

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Este post foi escrito por: Britz Lopes

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