Ir para o trabalho de bicicleta ou a pé deixa o dia mais produtivo
Pesquisa da Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos, revelou que pessoas que vão para o trabalho de bicicleta ou a pé têm um dia mais produtivo do que aquelas que usam o carro e chegam estressadas com o trânsito. Em Goiânia, a sexta capital brasileira com maior número de veículos automotores (1.359.933), segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), tem gente que já sente esses benefícios na prática, mesmo sem conhecer a pesquisa americana.
É o caso de Daniela Pacheco de França Santos Vieira. Morando a 10 quilômetros de seu trabalho, a assistente de arquivo decidiu, há quase quatro anos, fazer da bike seu principal meio de locomoção. “Além da economia de dinheiro, esse hábito também me traz economia de tempo. E já observei uma enorme melhora no meu condicionamento físico, na minha saúde como todo, e até mesmo na aparência física”, diz ela.
Foi o contexto da pandemia que acabou gerando esta mudança de hábito em sua rotina. Daniela destaca o receio de andar de ônibus devido às contaminações da época. “Vi na bike uma possibilidade de ir trabalhar e ter um pouco mais de segurança em relação ao vírus, pois não queria colocar minha família em casa em risco”, detalha.
Antes de passar a andar de bicicleta, Daniela relata que levava cerca de uma hora para ir e 30 minutos para voltar do trabalho. Hoje, em sua “magrela”, esse tempo diminuiu para 15 minutos de ida e 15 minutos de volta. “Para esse trajeto, eu utilizo dois percursos: um mais movimentado utilizando vias normais ou pela ciclovia próxima ao parque, que é um pouco mais deserto”, informa.
A empresa onde ela trabalha, a Localiza Urbanismo, disponibiliza estacionamento para as bikes, junto com o espaço já designado para motos, e ainda banheiros com duchas. Mas nem tudo são flores. De acordo com a analista de arquivo, a insegurança fica por conta do trânsito. “Infelizmente, ciclista não é muito respeitado. Além do risco de acidentes, também sinto muita insegurança em relação a assaltos pelo fato de andar sozinha e muito cedo”.
Com: Comunicação sem Fronteiras