sábado, 27 de julho de 2024

Marilyn, máquina de movimentar milhões

 

Se estivesse viva, Marilyn Monroe talvez não provocasse a movimentação de tanto dinheiro. Depois do sucesso do documentário da Netflix que explora as versões de sua morte – O mistério de Marilyn Monroe –, o retrato da musa feito por Andy Warhol foi leiloado pela Christie’s, em Nova York, por US$ 195 milhões (pouco mais de R$ 1 bilhão).

 

Mas a famosa casa de leilões não ficou satisfeita não, já que o valor pago pela obra  “Shot Sage Blue Marilyn”, datada de 1964, ficou abaixo do que havia sido estimado – US$ 200 milhões – mas ainda assim se tornou a obra mais cara do século XX.

 

O martelo bateu em definitivo na Christie’s apenas quatro minutos depois do início do leilão. A obra, que já fazia parte da história, entra para o hall das mais valiosas. Superou o recorde de “As mulheres de Argel”, de Pablo Picasso, vendida por US$ 179,4 milhões em 2015. Atualmente só perde para “Salvator Mundi” atribuída a Leonardo da Vinci, que custou US$ 450,3 milhões de dólares em novembro de 2017. Isso, em se tratando de obras vendidas em leilão.

 

A obra tem apenas 1×1 metro e faz parte de uma série de retratos que Warhol, o maior nome da pop art, fez em 1962, depois da morte de Marilyn.  A série foi renomeada “Shot” depois que um visitante do “The Factory”, o estúdio de Warhol em Manhattan, abriu fogo contra eles, fazendo buracos nas telas. Mais tarde, as obras foram restauradas.

 

O trabalho de Warhol pertence à fundação de Thomas e Doris Ammann de Zurique, na Suíça, e já foi exibida nos principais museus do mundo. O dinheiro arrecadado será utilizado em projetos de saúde e educação destinados a melhorar a vida das crianças no mundo, o que constitui a maior venda com fins filantrópicos desde o leilão da coleção de Peggy e David Rockefeller, em 2018.

 

 

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Este post foi escrito por: Britz Lopes

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