sábado, 4 de outubro de 2025

Não, Rei Giorgio não era imortal!

 

O estilista italiano Giorgio Armani, um dos nomes mais influentes da moda mundial, morreu ontem, aos 91 anos. De acordo com a família, o funeral será privado e acontecerá entre sábado e domingo, em Milão, cidade onde construiu sua trajetória e consolidou o império que leva seu sobrenome. Responsável pela criação e fundação do grupo Armani, o estilista deixa um legado que atravessa décadas e transformou a forma de vestir em todo o mundo. Conhecido como “Rei Giorgio”, ficou marcado pela sofisticação das roupas de cortes clássicos, elegantes e atemporais, características que definiram o estilo da marca desde os anos 1970.

 

Armani vinha enfrentando problemas de saúde nos últimos meses. Por essa razão, foi forçado a abandonar a direção dos desfiles da grife na Semana de Moda Masculina de Milão, realizada em junho. Apesar da fragilidade física, em julho, quando completou 91 anos, declarou publicamente que pretendia retomar suas aparições no circuito de moda, especialmente na Semana de Alta-Costura marcada para setembro na Europa.

 

Até seus últimos dias, Armani seguiu acompanhando de perto as atividades do grupo que fundou, mantendo-se ativo nas decisões e no comando criativo, segundo pessoas próximas. A causa da morte não foi revelada pela família. Um legado para a moda mundial Giorgio Armani ficou conhecido por redefinir a elegância moderna. Sua proposta de linhas minimalistas e tecidos de alta qualidade conquistou artistas de Hollywood, executivos e chefes de Estado.

 

Ao longo da carreira, vestiu personalidades de diferentes áreas e firmou a marca como uma das mais prestigiadas e reconhecidas globalmente. Com sua grife, expandiu o conceito de moda para além da passarela, investindo em perfumes, acessórios, hotéis e até restaurantes. O nome Armani se tornou sinônimo de luxo, sofisticação e estilo atemporal, consolidando sua posição entre os maiores estilistas da história.

 

Início de carreira e ascensão

Armani iniciou sua carreira de maneira incomum para o mundo da moda. Ele estudou medicina na Universidade de Milão por dois anos, mas abandonou o curso para trabalhar como comprador de vitrines na loja de departamento La Rinascente. Lá, ele aprendeu sobre tecidos, tendências e o lado comercial da indústria, uma experiência que se tornaria fundamental para o seu sucesso futuro.

 

Após essa experiência, ele trabalhou como assistente de design para Nino Cerruti na década de 1960, onde aprimorou suas habilidades de alfaiataria. Foi nessa época que ele começou a desenvolver sua visão única: roupas que combinavam a estrutura do vestuário masculino com a fluidez do feminino, criando peças confortáveis e elegantes.

 

 

A Fundação da Giorgio Armani

Em 1975, Armani fundou sua própria empresa, a Giorgio Armani S.p.A., junto com seu parceiro de vida e negócios, Sergio Galeotti. A primeira coleção, lançada no mesmo ano, já mostrava as características que se tornariam sua marca registrada: silhuetas desconstruídas, cores neutras, sobretudo o bege, cinza e marinho, e tecidos de alta qualidade. Ele revolucionou a alfaiataria ao suavizar as linhas dos paletós e blazers, tornando-os mais leves e versáteis, o que foi um contraponto à rigidez da moda da época.

 

A reputação de Armani explodiu nos Estados Unidos na década de 1980. O figurino que ele criou para o ator Richard Gere no filme “Gigolô Americano” (1980) cimentou seu nome no imaginário popular. Os ternos fluidos e sofisticados usados por Gere se tornaram sinônimo de poder, sucesso e elegância, e Armani foi creditado por revitalizar o guarda-roupa masculino.

 

 

Este post foi escrito por: Britz Lopes

As opiniões emitidas nos textos dos colaboradores não refletem necessariamente, a opinião da revista eletrônica.

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