O Congresso inflou; hora de botar água no feijão
Senhoras & Senhores, maduros, jovens ou usados! Neste fim de semana descobri e não sei se vocês notaram, mas o congresso brasileiro, que até então era composto por uma câmara de deputados com 315 parlamentares, (eu ainda acho que é… PARALAMENTAR), e um senado, composto por 81 senadores, isso pelas minhas contas, dá 396 semi-inúteis cidadãos brasileiros possuidores de um diploma e que lhes garantirá mais 4 anos de boa vida. Mas, sem a devida percepção dos fatos, eles passaram a ter mais 11 membros que, de um jeito ou de outro, estão se inserindo no processo legislativo e lhes usurpando as atribuições constitucionais.
São os novos membros do congresso, que já de algum tempo, anda bastante desprestigiado e submisso, por conta, acho eu, das pendências engavetadas pelos senhores ministros desse egrégio tribunal. Assim, temos uma troca de favores entre os que têm votos e os que não tem um único voto, mas que, por medo, mandam nos que têm voto. Aí então, temos um arranjo perfeito para todos, menos para a sociedade pagadora de impostos.
Só tive clara essa visão no final de semana que passou, porque o Ministro Gilmar Mendes decretou que o Bolsa Família pode ficar fora do teto de gastos. Assim, simples e direto, decidiu ele por uma medida que ainda está no congresso (congresso com letras minúsculas porque é assim que os vejo) mas, pergunto: como ele se autorizou a ser parlamentar, fazer o quê?
O que o congresso não sabe é que, junto com os 11 vão ter que engolir mais um monte de funcionários que segundo o Portal de Gestão de pessoas do próprio STF, é um “monte” que é composto de: 996 servidores efetivos/34 juízes/246 servidores em cargo de comissão, mais 102 servidores cedidos ao STF/38 servidores sem vínculos efetivos com a administração pública/556 servidores em função comissionada (seja lá o que queira isso dizer).
Aparentemente são 1.170, funcionários para atender os 11 beneficiados desse sistema incrível de justiça, que decide desde briga de galo até orçamento secreto, que só tem esse nome, porque os senhores parlamentares tem vergonha de declarar para onde vai essa montanha de dinheiro. Gente do jeito que estamos, sou obrigado a concordar com o jornalista José Simão, da raivosa (em benefício próprio), Folha de S. Paulo, que define muito bem o congresso que temos.
Prezados leitores tenho grande dificuldade de engolir todos esses acontecimentos e para não azedar a santidade do Natal, vou parar nesses dias em que deveríamos ter paz e me proponho a voltar lá por janeiro de 2023, se Deus quiser com outros temas mais palatáveis para todos.
Deixo aqui os meus votos de Feliz Natal e um ano de 2023 próspero com muita paz para todos, dentro das possibilidades em que estamos mergulhados. Fui…..
Hiram Souza é empresário, marketeiro de longa data, aos 80 anos de jornada o que permite ter uma janela holística para o mundo. Com leve humor escreve sobre assuntos ligados à política, comportamento, educação e brasilidade