O poder do pequi encapsulado
Foram 18 anos de pesquisa até a Universidade de Brasília (UnB), conseguiu chegar à fórmula ideal do suplemento vitamínico feito de óleo de pequi. A fruta, típica do cerrado brasileiro, funciona como anti-inflamatória e antioxidante e ainda ajuda a baixar a pressão, combate a formação de gordura no sangue e o colesterol ruim.
Durante dois anos, o óleo de pequi também foi usado, como teste, por pacientes com lupus, que é uma doença inflamatória e ainda em atletas que precisam de um esforço físico extremo. Aos que não são apreciadores do fruto por seu cheiro e gosto fortes, os pesquisadores conseguiram extraí-los do óleo.
Testes — Na primeira fase de testes com o produto, cientistas observaram a capacidade antioxidante do extrato e do óleo de pequi em células cultivadas. Em seguida, testes feitos em camundongos confirmaram as propriedades da planta nativa do cerrado de anular o efeito dos radicais livres, moléculas responsáveis pelo envelhecimento.
Na terceira etapa de testes, o óleo e extrato foram ministrados em um grupo de 60 maratonistas. Segundo a UnB, por exercerem atividade física intensa, eles produzem mais radicais livres. Exames feitos após a realização de uma maratona mostrou que os atletas que tomaram as cápsulas de óleo e do extrato de pequi tiveram menos danos celulares dos que os que não tomaram.
O professor da UnB Cesar Koppe afirmou que a descoberta pode colaborar para conscientizar as pessoas sobre a importância de preservar o cerrado. “Ainda existem muitas espécies que podem ser trabalhadas: o baru, a arniquinha e o arnicão, todas elas abundantes ainda em áreas de preservação como a Chapada dos Veadeiros”, disse.
Mais variedades — A Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) está implantando o projeto de pesquisa sobre pequi na Estação Experimental de Porangatu. A iniciativa objetiva desenvolver novas cultivares com e sem espinhos de acordo com características edaflocimáticas da região.
Há mais de 20 anos, ambas as instituições desenvolvem, em conjunto, essa pesquisa. No ano passado, ela rendeu frutos importantes: foram lançadas seis novas variedades de pequi, sendo três delas sem espinhos. Nas estações experimentais de Goiânia e de Anápolis, há mais de 1.000 pés de pequi e isto faz com que a Emater seja detentora do maior banco de germoplasma da espécie no mundo.
Agora, o projeto está sendo implantado também na Estação Experimental da Emater em Porangatu, onde serão desenvolvidas novas cultivares, considerando as características edafoclimáticas da região, como clima, relevo, temperatura, umidade do ar, tipo de solo, entre outras. A expectativa é que sejam plantados cerca de 500 novos pés de pequi nessa Estação, sendo 191 cultivares sem espinhos e 291 com espinhos.
Com: Comunicação Setorial da Emater Goiás
👏👏👏👏👏👏 eu amoooo piqui e já providenciei as cápsulas , ótima reportagem , o nosso Brasil tem uma natureza que faz o mundo todo ficar morrendo de inveja 🇧🇷