Os novos templos das baladas
Um fenômeno curioso se passa na Europa. Muitas antigas igrejas que foram desativadas principalmente por causa do declínio da frequência religiosa estão sendo reaproveitadas e transformadas em uma variedade de novos espaços, incluindo locais de entretenimento, como bares, restaurantes e, sim, baladas ou casas noturnas.
São chamadas de Igrejas Reconvertidas. O principal motor dessa transformação é a secularização em muitos países europeus, que resultou no abandono ou desuso de inúmeros templos históricos. Para evitar que esses edifícios icônicos e caros de manter entrem em ruínas, eles são vendidos ou alugados para fins comerciais e culturais.
Exemplos notáveis de conversões em locais com “clima de balada” ou entretenimento incluem: bares, pubs e casas coturnas:
The Church (Dublin, Irlanda): uma antiga igreja do século XVIII que hoje funciona como um grande bar, restaurante e casa noturna (The Club @ The Church).
Spirito (Bruxelas, Bélgica): uma igreja convertida em uma boate.
Paradiso (Amsterdã, Holanda): uma igreja do século XIX que se tornou uma famosa casa de shows e balada de rock.
Alma de Cuba (Liverpool, Inglaterra): um bar e restaurante que ocupa a antiga Igreja de St. Peter e promove aulas de salsa e noites latinas.
LimeLight (Nova York, EUA): embora nos EUA, é um exemplo famoso de igreja que virou boate e depois centro comercial.
Outros usos: muitas dessas igrejas desativadas também viram hotéis, livrarias (como a Selexyz Dominicanen em Maastricht, considerada uma das mais bonitas do mundo), museus, cafés e até piscinas públicas em projetos de reuso adaptativo para preservar o patrimônio arquitetônico.
O conceito “culto-balada” — Além da reconversão dos edifícios desativados na Europa, em alguns círculos religiosos contemporâneos, especialmente em igrejas evangélicas e megaigrejas, o termo “igreja-balada” ou “culto-balada” também surge para descrever um estilo de culto que adota elementos visuais e sonoros associados a casas noturnas.
Essas práticas visam, muitas vezes, atrair o público jovem e incluem iluminação de casa noturna com uso de luzes de LED, spots e efeitos de palco que se assemelham a um show ou balada; música alta e estilo moderno; louvor com arranjos musicais contemporâneos e volume alto.
Nesses locais são promovidos eventos como sunsets ou festas com drinks sem álcool, em um ambiente social e descontraído que lembra o formato de uma festa. Essa abordagem, no entanto, é frequentemente criticada por segmentos mais tradicionais, que a veem como uma distorção dos princípios do Evangelho e uma invasão do comércio e do entretenimento no templo, como sugerem alguns comentários de teorias de “evangelho do consumo” ou “falsa doutrina”.
ENTÃO …🤔🤔🤔🤔🤔
Doido né?