Para se comer com os olhos – e boca também
Slice of NYC — Há um ditado entre os apaixonados por arte e apreciadores de boa comida que diz o seguinte: nunca criar expectativas com obras de arte expostas em restaurantes e passar longe da gastronomia de museu. Mas, definitivamente, isso não se aplica ao Fotografiska Museum, em Nova York, e o seu elegantérrimo restaurante Verōnika, que ficou apenas três meses aberto no começo da pandemia e agora reabriu as portas na Park Ave e 22nd Street.
O Fotografiska nasceu em Estocolmo, na Suécia, e inaugurou posto avançado em NYC em 2019 para exibir as melhores fotografias do planeta, de autoria de experimentados e novos fotógrafos com carga expressiva de criatividade. É palco de grandiosos eventos e exposições temporárias que podem ser vistas com um copo de vinho na mão. Um luxo!
Foi fundado pelos irmãos suecos Jan e Per Broman, que cresceram com a câmera na mão; aprenderam a desenvolver imagens com o pai, que trabalhava na câmara escura de um jornal e até montou uma em casa. Em 2010 nascia o Fotografiska Museum em Estocolmo, com o objetivo de inspirar através de imagens bem capturadas. Na sequência veio a unidade de Tallinn, Estônia e, depois, a de Nova York. O museu está localizado em um edifício histórico de 1894, um prédio de seis andares que é um marco histórico da cidade.
Lá dentro fica o opulento restaurante de Stephen Starr, Verōnika, com cardápio do Leste Europeu, incluindo releitura do famoso goulash, entre outros sabores, servidos em porcelana dourada. As sobremesas são apresentadas em carrinhos de madeira vintage. O espaço é impressionante: pé direito alto, vitrais e candelabros gigantescos dão o tom da sofisticação do local. Pelo conjunto da obra, foi aclamado por todos os críticos. A expectativa é que a dose de elogios se repita. Ah! As reservas eram dificílimas – e devem permanecer assim.