terça-feira, 13 de maio de 2025

Prato predileto: fake food

 

No campeonato de alimentação dos EUA, o fast food é o líder disparado. Isso porque os ultraprocessados representam atualmente 70% da dieta dos americanos. Com um elenco recheado de sal, açúcar e gordura, esse time está contribuindo com 500 pontos calorias a mais por dia para quem come no mínimo um alimento ultraprocessado — traduzindo, isso engorda os americanos em 1 kg por semana.

 

“Mas um só não faz tanta diferença…” Sim, mas nunca é só um. Quase 60% da ingestão calórica dos americanos adultos vêm desse tipo de comida, o que leva o país à liderança de outro campeonato: os países que mais comem ultraprocessados no mundo.

 

O problema não está só nos EUA. A OMS estima que mais da metade do mundo vai estar acima do peso ou obesa até 2035, sendo que o número de crianças obesas pode dobrar até lá. Em termos financeiros, isso pode custar até US$ 4 trilhões por ano.

 

 

Aqui no Brasil, esse campeonato está custando mais de R$ 10 bilhões por ano ao SUS, com doenças por má alimentação e mortes prematuras — o consumo de ultraprocessados causa seis mortes por hora no país. Os dados são de pesquisas realizadas pela Fiocruz em parceria com as ONGs ACT Promoção da Saúde e Vital Strategies. As estimativas não incluem dados de atendimentos na rede suplementar de saúde –planos de saúde e clínicas particulares fora do SUS–, nem atendimentos que não tenham esses agentes como principal causa relacionada.

 

Essas comidas têm um “aliado” que está trazendo ainda mais prejuízo para o SUS — e para quem consome. O álcool é responsável por um custo de R$ 18 bilhões e 90 mil mortes por ano no Brasil.

Este post foi escrito por: Britz Lopes

As opiniões emitidas nos textos dos colaboradores não refletem necessariamente, a opinião da revista eletrônica.

Deixe uma resposta