segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Remédios contra o câncer serão produzidos no espaço

 

Frustrados com os experimentos na Terra, cientistas levaram as pesquisas sobre o câncer para o espaço. E isso mudou o rumo dos estudos. Além de astronautas e pesquisadores, uma missão da SpaceX rumo ao espaço levou miniaturas de tumores com material de pacientes com câncer para experimentos.

 

Acontece que, com a pouca gravidade, as células envelhecem bem mais rápido, possibilitando observar o progresso do câncer num ritmo que seria impossível na Terra.  Agora, é bem provável que a próxima geração de medicamentos desse segmento seja feita fora desse planeta.

 

Isso porque os cientistas descobriram que existe um gene específico por trás da clonagem acelerada do câncer — e já estão tentando aprender a como bloquear a ativação dele.

 

Graças à falta de gravidade, no espaço, os remédios conseguem ser cristalizados perfeitamente. Em média, morrem 10 milhões de pessoas por câncer ao ano. Além disso, o mercado de tratamento da doença vale US$ 180 bilhões e deve dobrar até 2032.

 

Depois da fase de pesquisas, empresas já estão pensando em construir instalações permanentes no espaço para produzir os remédios do futuro. Ex-funcionária da NASA e PhD em Nanomedicina por Cambridge, Katie King fundou a BioOrbit em 2023 com o objetivo de “identificar pesquisas que poderiam ser realizadas no espaço com o melhor impacto possível sobre os seres humano”.

 

Segundo ela, sua equipe chegou ao conceito de cristalização de medicamentos em microgravidade. Os dados acumulados na Estação Espacial Internacional “apontam para o potencial de revolucionar totalmente o tratamento do câncer”, falou King.

 

A BioOrbit planeja aumentar a escala e comercializar a produção desse tipo de medicamento no espaço. Após receber financiamento da Agência Espacial Europeia, o plano é testar o processo na Estação Espacial Internacional este ano para garantir que funcione. E mais tarde, em 2025, eles estão planejando um segundo voo, de preferência com um parceiro farmacêutico.

 

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Este post foi escrito por: Britz Lopes

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