sábado, 7 de dezembro de 2024

Sandro Tôrres expõe o seu Do nada adiante

A exposição “Do nada adiante”, do artista Sandro Tôrres, com curadoria do arquiteto e professor Cristiano Lemes, estreia em Brasília no dia 27 de junho, no Casa Park. Artista experiente, com muitas exposições e atividades no currículo, Sandro Tôrres possui formação e atuação plural no ambiente das artes – graduação em Direito e Artes Visuais e mestrado em História da Arte (UFG). Inquieto experimentador, a gravura, o objeto, a instalação, o desenho e a pintura estão entre as linguagens exploradas por Sandro.

 

A exposição que já teve sua estreia em Goiânia e chega agora à Brasília, na Hill House, espaço referência de design autoral e arte, um dos mais importantes da região Centro-Oeste. O artista receberá convidados na abertura, no próximo dia 27 de junho.

 

O curador da exposição, Cristiano Lemes, define assim o trabalho do artista: “Remontando o passado, em suas explanações plásticas, Tôrres ascende do domínio da pintura sobre tela e estas não poderiam faltar na mostra. No entanto, nesta amostragem Do nada adiante, Sandro nos traz grafias sobre papel por oposição às superfícies. Manchas, linhas, símbolos, geometrias, todas elas à deriva no espaço branco é infinito conjecturando arquiteturas. E assim, ordenam o espaço e o tempo de um vazio impreciso espaço-temporalmente. É desse modo, creio eu, que o artista apela para um caráter mais experimental e inaudito em sua nova fase de trabalho. Embora seja nítido que Sandro Tôrres rompa com muitas das referências de trabalhos anteriores, em que o espaço era, na maioria das vezes preenchido, alguns símbolos ainda vagam sobre os novos espaços. E, talvez, a mudança esteja na flutuação dos signos”.

A exposição abarca o momento entre 2020 e 2022, que revelou para a humanidade fragilidades humanas e as ponderações acerca disso caminharam em direções sujeitadas à contingências e à compulsoriedade. “Cada grupo reagiu às circunstâncias como pôde e isso revelou outra questão: as diferenças físicas, sociais, culturais, étnicas, étnicas, geográficas”, analisa Tôrres.

 

Surgiu para o artista o conceito de como a ideia de um recomeço se daria e, sendo um recomeço, como poderia sê-lo de forma melhorada, atualizada. Sandro vem trabalhando desde o início da pandemia com um conceito que é “eu sou o que não seria”, indicando a necessidade de reavaliação de postura e status como criador; qual o papel da arte e da sua arte no contexto atual onde as prioridades são tantas e tão pujantes? É possível ser e estar na arte e na criação em um contexto de perspectiva pós-pandemia? Essas e outras questões permeiam a produção do artista e sugestionaram sua inspiração, repleta agora de referências, muitas inéditas e jamais visitadas.

 

Sobre Sandro Tôrres
Sandro Tôrres é um artista experiente, com muitas exposições e atividades no currículo. O artista também possui formação e atuação plural no ambiente das artes – graduação em Direito e Artes Visuais e mestrado em História da Arte (UFG); trabalhos no cinema, teatro, televisão, literatura, produção cultural  e artes visuais como artista, crítico, curador, júri de salões – e esse arcabouço de repertório sempre o colocou em locais de questionamento e transbordamento em sua produção; aqui também haverá o exercício da estilística através da linguagem dialógica. Sua poética transita entre as narrativas pessoais e encontra lugar na contemporaneidade, independente dos suportes utilizados.

Com: Palavra Comunicação

Este post foi escrito por: Britz Lopes

As opiniões emitidas nos textos dos colaboradores não refletem necessariamente, a opinião da revista eletrônica.

Deixe uma resposta