Talvez o comunismo seja interessante para o Brasil
Caros amigos e leitores. É obvio que o título acima é de brincadeirinha, mas vamos supor que todos concordássemos com os 51.7% da última eleição e implantássemos o comunismo no Brasil.
Todas aquelas figuras citadas em artigo recente, como Eduardo Cunha, condenado a 360 anos de prisão; Geddel Vieira Lima, com 51 milhões em dinheiro vivo em um apartamento tipo Banco Central particular em Salvador; Wilson Witzel “impichado” por corrupção; e até a oitava turma do Tribunal Federal da 4a. Região que condenou o atual eleito (já descondenado) a 12 anos e um mês de reclusão em regime fechado.
Todas essas figuras estão ou estiveram envolvidas com diversas formas de corrupção. Se fosse roubo puro e simples e se estivéssemos na China, país comunista, teriam uma das mãos amputadas. Seguramente se esse regime fosse implantado no Brasil, provavelmente, teríamos o maior percentual de manetas do mundo.
Embora tenha muito pouco a ser roubado, são todos muitos miseráveis depois de 60 anos de comunismo, mas, se fosse em Cuba, iriam para o “paredão,” e assim, de uma forma ou de outra, seriam ou eliminados ou facilmente identificados como marginais da sociedade. Aliás, a falta de identificação para os corruptos brasileiros, permite que eles permaneçam na sociedade como pessoas normais, sem máculas e usufruindo de condições que só a nossa democracia permite.
Por outro lado, em um regime comunista dificilmente aquela leva de beneficiários da corrupção em escala industrial na Petrobras, e todos os indiciados na Operação Lava Jato, de saudosa memória, não estariam desfrutando dos gordos acertos nos acordos de leniência que lhes permitiram roubar, se dar bem, e ainda ter ótimas reservas para o futuro de seus descendentes que já começaram a vida com uma larga vantagem à frente dos seus, dos meus, dos nossos filhos.
Há uma outra questão que me ocorre sobre o dinheiro claramente roubado e comprovado. Sim comprovado, afinal foram dezenas de acordos de leniência em que os acusados confessavam, fizeram acordos, devolveram uma parte e resguardaram outra parte para a sua “sobrevivência” o resto da vida.
Em um país comunista isso, definitivamente, não aconteceria. Afinal, o que estamos esperando? O comunismo, não deve ser tão pior que essa demoniocracia em que estamos vivendo, onde, claramente, o crime compensa. Se não for para bater carteira em feira livre ou roubar frango congelado no supermercado.
Em outras palavras, crimes tipo pé de chinelo. Já os crimes chamados de “colarinho branco” possuem um beneplácito especial da nossa justiça, algo assim como uma espécie de 007 inglês, com permissão para matar, seja de fome, seja nas filas do SUS, ou ainda, nas escolas, que é outro tipo de assassinato em massa. Mas pouco reconhecido pela imprensa apostadora nesse tipo de comunismo baiano, onde roubar celular não só é incentivado, mas permitido e defendido pelo descondenado.
Hiram Souza é empresário, marqueteiro de longa data, aos 80 anos de jornada o que permite ter uma janela holística para o mundo. Com leve humor escreve sobre assuntos ligados à política, comportamento, educação e brasilidade
Imagem: grabois.org.br