quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Uma vindima cheia de expectativas

 

Estamos em plena temporada da vindima, a colheita da uva. E esta etapa, aqui na Toscana, é marcada por festas que celebram o início de uma nova produção, mas também por preocupação, já que a seca, este ano, castigou sem dó nem piedade praticamente todo o Velho Mundo.

Mas a uva é viva e sabe lidar com intempéries. Via de regra, anos muito quentes e secos produzem vinhos mais encorpados, com menos acidez e mais presença de aromas de frutas maduras – perfeitos. E é esta a expectativa dos viticultores aqui da região do Chianti, que cumprem o ritual da colheita já esperando o melhor de seu produto final.

 

 

A Toscana é uma das principais regiões da Itália que fazem vinhos de excelente qualidade. Os vinhedos de Chianti estão entre bosques e oliveiras e territórios de castelos e casarões. Os vinhos variam em estilo de acordo com cada uma de suas subdivisões: Classico, Colli Fiorentini, Montalbano e Rufina, Colli Aretini, Colli Senesi e Colli Pisani. Todos produzem bons vinhos ostentando o status DOCG, porém o Chianti Classico é, sem dúvida, o número um. Em segundo lugar vem o Chianti Rufina.

 

As vinhas destinadas à produção do Chianti são, em regra geral, cultivadas a uma altitude de 200 a 400 metros, mas nunca a mais dos 700. A base dos vinhos é a uva Sangiovese, mas pode haver cortes de Canaiolo, Colorino e uvas internacionais com a Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah.

 

 

As festas que movimentam o calendário

 

Famoso pelo Chianti Classico, o vilarejo de Montefioralle, no município de Greve in Chianti, sedia uma festa, dias 24 e 25 de setembro, onde é possível provar e comprar os vinhos do ano anterior.

 

Já a Festa dell’ Uva e Del Vino em Chiusi, Siena, de 23 a 25 de setembro há degustações guiadas por sommelier, banquetes com produtos locais e apresentações performáticas.

 

Também entre 24 e 25 de setembro acontece a Bacco Artigiano em Rufina, que produz um dos mais renomados vinhos da região, o Chianti Rufina DOCG. A festa é uma tradição secular, desde a época em que o carregamento chegava em Florença nas caravana de carros de bois e saía em desfile a partir da Piazza della Signoria.

Este post foi escrito por: Anna Paula Guerra

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